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Ibaneis diz que dívida deixada por Rollemberg já chega a R$ 5 bilhões

Em agenda nesta sexta-feira (25), governador do DF ressaltou que ainda falta receber os dados de oito secretarias para fechar valor do rombo

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Ibaneis rocha
1 de 1 Ibaneis rocha - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse nesta sexta-feira (25/1) que o déficit nas contas do GDF vai ultrapassar R$ 5 bilhões. De acordo com ele, ainda falta receber as planilhas de oito secretarias para saber o tamanho do rombo que herdou de seu antecessor.

Ainda nesta sexta, ele tem reunião com sua equipe econômica para fechar os dados e planejar os próximos passos. “Eu quero pagar a terceira parcela do reajuste dos servidores ainda neste semestre e acredito que vamos ter condições. Mas preciso, antes, qualificar a dívida”, explicou, após inaugurar um Papa Entulho em Ceilândia.

“Preciso entender direito de onde vem essa dívida, quem são os credores e como eu posso organizar as contas públicas”, completou. O emedebista se mostrou preocupado, também, com as dívidas de pequeno valor. Segundo o governador, “há três anos não se paga Requisições de Pequeno Valor (RPVs) no DF”, uma dívida que soma R$ 400 milhões.

“O Tribunal de Justiça me informou que vai fechar a Vara de Precatórias e bloquear esse valor da conta do DF. Estou negociando um parcelamento, já que eles também tiveram culpa nisso porque ficaram três anos sem cobrar. Temos precatórias do ano passado que estão atrasadas, e o tribunal tem o direito de bloquear”, ressaltou.

O valor de R$ 5 bilhões supera a própria previsão de Ibaneis, durante o governo de transição. Antes de assumir, ele calculava um déficit de R$ 3 bilhões nos cofres públicos. Também entram nas contas, por exemplo, as dívidas com empresas que prestam serviços para o GDF.

“Alma leve”
Nesta sexta, o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) disse que “além de estelionatário eleitoral o governador Ibaneis está se mostrando um mentiroso contumaz. Ao considerar que o DF tem um déficit de R$ 5 bilhões ele deve estar considerando as promessas que fez na campanha e buscando justificativas para não cumprir mais uma de suas promessas, o pagamento imediato do aumento da Polícia Civil e a última parcela do aumento dos demais servidores públicos”.

Os cálculos do atual governo divergem dos números apresentados em dezembro pelo socialista. Antes de deixar o Palácio do Buriti, ele convocou jornalistas para dizer que se despedia do Executivo de “alma leve”.

Na ocasião, destacou que estava deixando dinheiro em caixa. “No dia 3 de janeiro, Ibaneis terá, limpinho, R$ 600 milhões nos cofres públicos”, afirmou. “No início de janeiro, depois de pagar todos os servidores, ele [Ibaneis] terá mais de R$ 600 milhões na conta”, assegurou.

 

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