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“Debate traz legitimidade ao processo eleitoral”, destaca Renato Brill

No 1º debate com pré-candidatos ao GDF, organizado pelo Metrópoles, subprocurador da República vai tirar dúvidas sobre direito de resposta

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
1 de 1 - Foto: Material cedido ao Metrópoles

O subprocurador-geral da República Renato Brill participará do primeiro debate entre os pré-candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF). O evento, organizado pelo Metrópoles, será na próxima segunda-feira (9/7), a partir das 19h, no auditório ParlaMundi, da LBV. O ex-chefe da Procuradoria Regional Eleitoral do DF estará à disposição para esclarecer eventuais dúvidas sobre direito de resposta.

Na opinião de Renato Brill, o debate é fundamental para os eleitores avaliarem o que pensam os pré-candidatos e quais são as propostas de cada um deles. “É uma das formas de se trazer transparência e legitimidade ao processo eleitoral”, justificou.

A postura durante o debate é a oportunidade de o eleitor inteirar-se sobre o perfil e a personalidade dos pré-candidatos

Subprocurador-geral da República Renato Brill

Os pedidos para réplicas devem estar de acordo com as regras, às quais os representantes dos sete pré-candidatos já tiveram acesso. “Nas normas, está estabelecido o que caracteriza algum tipo de infração ou ofensa que acarrete o direito de resposta. Além disso, será levado em conta o que significa, no geral, uma eventual afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica”, explicou.

Renato Brill de Goés é conhecido no mundo político. Ganhou destaque a partir de 2009, quando assumiu a Procuradoria Regional Eleitoral do DF, cargo no qual ficou até 2012. Foi responsável por diversas ações para conter abusos de poder econômico e político de personagens notáveis da capital.

Ele impetrou, por exemplo, os pedidos: de decretação da perda de mandato por infidelidade partidária do então governador José Roberto Arruda e do ex-presidente da Câmara Legislativa Leonardo Prudente; e de impugnação da candidatura de Joaquim Roriz e, posteriormente, de sua mulher, Weslian Roriz, em 2010.

Participam do debate os buritizáveis Alexandre Guerra (Partido Novo), Eliana Pedrosa (Pros), Fátima Sousa (PSol), Izalci Lucas (PSDB), Jofran Frejat (PR), Paulo Chagas (PRP) e Rodrigo Rollemberg (PSB). Duas abrangentes entidades representativas da comunidade do Distrito Federal, a Federação das Indústrias (Fibra) e a Federação do Comércio (Fecomércio) são patrocinadoras do evento.

Participe
Os internautas podem enviar um vídeo com uma pergunta aos pré-candidatos por e-mail (redacao@metropoles.com) ou via WhatsApp (61 99254-2625) para a redação do site.

O vídeo com o questionamento deve ter 30 segundos de duração, no máximo, e ser gravado na horizontal. No início da gravação, o cidadão deve se identificar, informando nome completo, idade, profissão e região administrativa na qual reside. O material tem de ser encaminhado até as 18h desta sexta-feira (6/7).

As perguntas precisam ser genéricas, pois serão feitas a qualquer um dos sete pré-candidatos.

Conheça um pouco da trajetória dos postulantes ao Buriti:

Alexandre Guerra

O mais jovem entre os pré-candidatos ao Palácio do Buriti, com 37 anos. Alexandre Guerra (Novo) é empresário do ramo de fast-food e disputa sua primeira eleição. Formado em direito, assumiu os negócios da família e a presidência da rede Giraffas no lugar de seu pai, Carlos Guerra. Trabalha na cadeia de lanchonetes há 20 anos, tendo sido CEO do grupo entre 2012 e 2016. Hoje, integra o Conselho de Administração da organização.

Eliana Pedrosa

Eleita deputada distrital por três vezes consecutivas, entre 2002 e 2010, foi secretária de Desenvolvimento Social do Distrito Federal e terá o nome colocado à prova na disputa ao Buriti pela segunda vez. Nas eleições de 2014, chegou a ser anunciada pelo PPS, mas não fechou aliança para vice do então chefe, José Roberto Arruda (PR): tentou se eleger como deputada federal, mas não conseguiu. Antes de iniciar carreira na política, atuava em empresas de segurança da família, entre elas a Dinâmica.

 

Fátima de Sousa

Professora da Universidade de Brasília (UnB), enfermeira e sanitarista, Fátima de Sousa disputará sua primeira eleição. Apesar de ser debutante em pleito eleitoral, a pré-candidata do PSol já atuou na Secretaria de Saúde do Município de São Paulo, na gestão da ex-prefeita da capital paulista Luiza Erundina. Também ajudou na construção do Programa Saúde da Família (PSF), no Ministério da Saúde, em 1994.

Izalci Lucas

Em seu terceiro mandato de deputado federal consecutivo, Izalci Lucas começou sua vida política em 1998, com a suplência de deputado distrital. Também iniciou a carreira no Congresso Nacional a partir de uma suplência. No Executivo, foi duas vezes secretário de Ciência e Tecnologia do DF, nos governos Roriz e Arruda. Presidente do PSDB-DF, Izalci é o atual representante da chamada terceira via.

Jofran Frejat

Eleito cinco vezes deputado federal, sendo quatro delas consecutivas, participou da Assembleia Constituinte de 1988. Foi secretário de Saúde do DF nos governos de Joaquim Roriz. Em 2002, tentou o Senado, sem sucesso. Quatro anos depois, conquistou seu quinto mandato de deputado federal. Há pouco menos de 15 dias do primeiro turno das eleições de 2014, tornou-se candidato ao Governo do Distrito Federal (GDF) por desistência de Arruda e chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Rodrigo Rollemberg.

General Paulo Chagas

Militar da reserva, Paulo Chagas promete seguir os passos do colega de farda e presidenciável Jair Bolsonaro, do PSL. Apesar de ter feito carreira dentro do quartel e do pouco contato com a política na esfera eleitoral, o oficial do Exército Brasileiro costuma dizer que não se trata de uma candidatura voltada ao militarismo, mas, sim, de um cidadão que fez carreira militar.

Rodrigo Rollemberg

Atual governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB) foi deputado distrital pela primeira vez em 1994, após assumir como suplente. Em 1998, elegeu-se titular. Nas eleições de 2002, disputou o GDF pela primeira vez, mas não venceu. No pleito seguinte, tornou-se deputado federal. Quatro anos depois, integrando chapa com o PT e Cristovam Buarque (à época no PDT, hoje no PPS), lançou-se ao Senado: tanto ele quanto Cristovam foram eleitos. Em 2014, ganhou a disputa ao Buriti.

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