metropoles.com

Após protesto, GDF torna sem efeito exonerações na Cultura

Servidores foram pegos de surpresa e se manifestaram contra a dança das cadeiras sem aviso prévio

atualizado

Compartilhar notícia

Raimundo Sampaio/Especial para o Metrópoles
manifestação servidores Secult
1 de 1 manifestação servidores Secult - Foto: Raimundo Sampaio/Especial para o Metrópoles

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secult) voltou atrás, nesta terça-feira (09/07/2019), e tornou sem efeito as exonerações de servidores da pasta. A decisão foi publicada em uma edição suplementar do Diário Oficial do Distrito Federal. As demissões motivaram protestos de trabalhadores da Biblioteca Nacional de Brasília Leonel Brizola.

A dispensa irritou um grupo de servidores e funcionários da biblioteca, que paralisou as atividades e se dirigiu até o gabinete do secretário da pasta, Adão Cândido, para cobrar explicações. Em frente à sala, cerca de 60 trabalhadores cruzaram os braços em forma de protesto. Em decorrência do ato, a biblioteca teve o funcionamento interrompido.

Ao Metrópoles, o secretário-executivo de Cultura, Cristiano Vasconcelos, classificou as trocas como “parte do cronograma de qualquer governo”. Segundo ele, a pasta tem mais de 500 funcionários, com 126 cargos de confiança destinados a efetivos e comissionados.

“Foram 11 exonerados, sendo seis desses cargos ocupados por servidores. Reconheço que eles tinham legitimidade, mas o número é muito pequeno e as demissões não foram só na Cultura. Incluiu, também, outras áreas do governo, como Educação, Casa Civil e Saúde”, disse Vasconcelos.

Questionado sobre a contratação de profissionais sem qualificação técnica, Vasconcelos informou que podem ser feitas algumas retificações. “O GDF é uma empresa com 16 mil funcionários e erros podem ocorrer. Falei com o governador em exercício, Paco Britto (Avante), e ele me disse que irá corrigir o que for necessário. Portanto, poderemos tornar sem efeito as pessoas nomeadas que não estiverem habilitadas para os cargos”, explicou.

Mais polêmicas

Esta não é a primeira vez que as decisões da Secretaria causam polêmica. Em maio de 2019, cerca de 300 artistas e produtores culturais locais se reuniram em frente à biblioteca para protestar contra a suspensão do edital do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Na oportunidade, eles pediam a liberação dos recursos para a promoção das atividades artísticas na capital da República.

A Secult havia suspendido o edital lançado em outubro de 2018, no valor de R$ 25 milhões. A ideia era usar esses recursos para bancar a reforma do Teatro Nacional Claudio Santoro, fechado há cinco anos. A ação provocou reação da comunidade artística, que contava com dinheiro para tocar cerca de 300 projetos, conforme revelado pelo Metrópoles. No entanto, em 11 de junho, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) proibiu a destinação da verba do FAC para obras.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?