Pedreiro aguarda há um ano para retirar tumor gigante do pescoço no DF
Segundo Walisson de Araújo Oliveira, 26 anos, o caroço apareceu em 2019 e está aumentando com o tempo
atualizado

O pedreiro Walisson de Araújo Oliveira, 26 anos, aguarda há quase um ano para retirar um tumor do pescoço. O morador de Samambaia realizou todos os exames para a cirurgia, mas ainda está na fila do procedimento no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), desde abril de 2021.
Segundo Walisson, o caroço apareceu em 2019 e está aumentando com o tempo. Hoje, o jovem teme perder o emprego, pois não consegue mais realizar as atividades braçais. “Estou esperando e o caroço só aumentando. Sinto encostando na minha garganta e tenho muitas dificuldades para respirar. Tenho passado muito mal. Sinto ânsias de vômito, desconforto e fraqueza”, explica.
Veja imagens:

Walisson teme perder o emprego Imagens cedidas ao Metrópoles

Caroço foi diagnosticado como tumor benigno Imagens cedidas ao Metrópoles

Homem está na fila da cirurgia Imagens cedidas ao Metrópoles
Walisson revelou ao Metrópoles que foi diagnosticado com câncer benigno e, por isso, acredita que a cirurgia está demorando. “Me pedem para aguardar o tratamento no Hospital de Base. Estou sofrendo negligência médica. Tenho todos os exames, mas não consigo resolver o problema porque não consigo atendimento nem cirurgia”, lamenta.
Na quinta-feira (17/2), Walisson passou mal e precisou ir à emergência do Hospital de Taguatinga (HRT). Na unidade, os médicos informaram ao paciente que ele seria atendido pela cirurgia geral, mas não havia previsão. O homem voltou para casa sem atendimento.
O que diz a Saúde
O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde (SES-DF) para saber o que justificaria tamanha demora no atendimento de Walisson. Segundo a pasta, o paciente estava com consulta na especialidade cirurgia e pescoço agendada para o dia 28 de abril do ano passado, no Hospital de Base. “O Sistema de Regulação da Pasta não tem acesso à confirmação desta consulta, e, após isso, não houve outra solicitação”, disse.
A reportagem também acionou o Iges-DF, responsável pela administração do Base, mas até a última atualização deste texto não o instituto não havia emitido parecer. A matéria será atualizada assim que houver posicionamento.