Pandemia faz clubes de Brasília suspenderem tradicionais festas de Réveillon

Além do cancelamento dos eventos públicos de Ano-Novo no Distrito Federal, a pandemia do novo coronavírus impedirá também a realização de tradicionais festas de Réveillon nos principais clubes da capital. Para evitar o contágio pela doença, locais como o Iate Clube de Brasília, o Cota Mil e a AABB vão encerrar as atividades mais cedo no dia 31 de dezembro.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato de Clubes e Entidades de Classe Promotoras de Lazer e Esportes do DF (Sinlazer), Francisco Julho de Souza, alguns clubes chegaram a planejar os eventos, mas tiveram que voltar atrás, uma vez que os números da Covid-19 seguem elevados no DF.

“A indicação do sindicato é evitar aglomeração, e festa não tem jeito de acontecer sem aglomerar pessoas. Não podemos arriscar deixar alguém doente, arriscar perder uma vida. Quando a pandemia acabar, faremos uma enorme festa, mas agora não é hora”, enfatiza Francisco.

AABB

Uma das mais conhecidas da capital, a festa da virada de ano na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB) ocorre há mais de 40 anos, segundo o presidente José Augusto de Oliveira. Em 2020, porém, a tradição não poderá ser mantida.

“Nós decidimos lá atrás que não faríamos festa de Réveillon neste ano, até porque teria que agir com antecedência, fazer divulgação, e não tinha condições”, comenta. “A gente sempre fez essa festa e, neste ano, deixamos essa tradição. Não tivemos nem festa junina, nem teremos a de Ano-Novo”, completa José.

No dia 31, o clube vai funcionar das 9h às 13h. Já em 1º de janeiro, ficará fechado.

Iate Clube

Segundo Flávio Pimentel, comodoro do Iate Clube de Brasília, as atividades no local seguem abertas nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro. Contudo, a suspensão da festa de Ano-Novo “é uma pena para todos”.

“A festa já acontece há pelo menos 50 anos, porque o Iate nasceu junto de Brasília e a pandemia acabou rompendo com isso”, lamenta. “Nós temos que nos proteger, proteger os associados, os funcionários. Esperamos, agora, que o próximo ano possa ser melhor para todos nós”, deseja.

Veja aqui os horários das atividades no clube durante o feriado.

Cota Mil

Conforme o presidente do Cota Mil Iate Clube, Jorge Gutierrez, o local estará fechado nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro. “Terá apenas esquema de plantão para a Náutica, as lanchas poderão funcionar 24 horas. Mas não teremos festas neste ano”, diz.

Pontão

O Pontão do Lago Sul também vai fechar as portas mais cedo, por medidas de segurança. Na véspera de Ano-Novo, os quiosques abrem às 10h e os restaurantes às 12h. Todos fecham às 17h. Já no dia 1º de janeiro, o funcionamento será normal, das 7h às 23h.

De acordo com o presidente do Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar), Jael Silva, os restaurantes e bares da cidade que optaram por realizar eventos de Réveillon já foram orientados em relação aos protocolos necessários.

“No dia 31, os estabelecimentos vão poder passar das 23h, mas devem seguir todas aquelas regras: as pessoas ficarem sentadas, as mesas distantes, disponibilizar álcool em gel… Vai ter fiscalização no dia, então as pessoas devem seguir aquilo que estamos falando há meses”, ressalta.

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Iate Clube de Brasília não fará festa de Ano-Novo Igo Estrela/ Metrópoles

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O Cota Mil estará fechado nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro Viviane Novais/Metrópoles

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E atividades ao ar livre Divulgação

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Eventos privados

Em decreto publicado no Diário Oficial (DODF) em 18 de novembro, o GDF cancelou a realização dos eventos públicos referentes ao Ano-Novo. Já as comemorações privadas poderão acontecer, desde que sigam as normas sanitárias de combate à Covid-19.

De acordo com a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do DF (DF Legal), as regras para a realização dos eventos em restaurantes, bares e outros estabelecimentos particulares são as seguintes:

• Medição de temperatura de todos os clientes na entrada;
• Oferta de álcool em gel para todos os presentes, em quantidade suficiente;
• Distanciamento entre as mesas;
• Ocupação máxima de 50% do espaço físico;
• Proibir trânsito dos clientes e funcionários sem máscara;
• Proibir que clientes bebam ou comam em pé;
• Proibir que clientes dancem.

A multa para o não cumprimento das normas sanitárias é de R$ 3.628,00 para o estabelecimento. Caso seja identificado alguém sem máscara, o local também será multado em R$ 4 mil e o cliente, em R$ 2 mil.

Ainda conforme o DF Legal, dependendo do número de pessoas, as multas podem chegar a R$ 40 mil. O estabelecimento pode ser imediatamente interditado e, caso haja resistência, os responsáveis serão levados para a delegacia.