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No fim do mandato, Rollemberg cria plano de saúde para servidores

Apesar de aprovarem a medida, sindicalistas foram pegos de surpresa. Gestão socialista é marcada por greves e paralisações do funcionalismo

atualizado

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Pedro Ventura/Agência Brasília
Palácio do Buriti apaga as luzes em apoio ao combate do aquecimento global
1 de 1 Palácio do Buriti apaga as luzes em apoio ao combate do aquecimento global - Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Nos últimos dias de uma gestão marcada pelo embate com os sindicatos, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) publicou edital para a contratação de plano de saúde e odontológico para os servidores públicos. Segundo o Governo do Distrito Federal (GDF), o orçamento de 2019 prevê cerca de R$ 40 milhões para cobrir a concessão do benefício.

Pelas regras, integrantes da carreira do funcionalismo local poderão contratar o plano por meio de consignação. A adesão será facultativa e o GDF subsidiará parte do valor. De acordo com a Secretaria de Planejamento (Seplag), a previsão é de que a medida seja implementada no primeiro semestre de 2019, já na gestão de Ibaneis Rocha (MDB).

A abertura do credenciamento de empresas interessadas em prestar o serviço foi publicada no último dia 9, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Segundo o texto, as empresas que prestam assistência médica interessadas na parceria devem oferecer atendimento ambulatorial dentro do DF e serviços de urgência e emergência em todo o país.

Confira:

 

Adesão voluntária
O benefício poderá ser usado por servidores ativos, inativos, dependentes legais e pensionistas. O prazo para as empresas apresentarem propostas vai até o dia 9 de dezembro. De acordo com a Seplag, o edital “busca atrair as propostas mais vantajosas economicamente, ou seja, de menor preço para os servidores”.

A administração dos planos de saúde e odontológico será de responsabilidade do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal (Inas), ligado à Seplag. A pasta não soube informar quantas pessoas poderão ser atingidas com a iniciativa e ressaltou que a adesão será voluntária.

Briga com sindicatos
A publicação surpreendeu os dirigentes sindicais. Para o presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados da Administração Direta, Fundacional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista do Distrito Federal (Sindser), André Luiz da Conceição, a medida é tardia, mas positiva.

Ao contrário do que os governantes pensam, não é privilégio. Lutamos há muitos anos e entendemos que, com a implementação dos planos, os servidores teriam atendimento médico adequado, o que diminuiria o número de atestados e de licenças, impactando positivamente para o Estado

André Luiz da Conceição, presidente do Sindser

Já o dirigente do Sindicato dos Servidores (Sinpro) Samuel Fernandes pondera que ainda é cedo para qualquer comemoração. “Não houve diálogo com as categorias, estamos no escuro. Pode surgir, por exemplo, um plano que seja mais oneroso do que os convencionais, dependendo do subsídio que será dado pelo GDF”, alertou.

Atualmente, os servidores da Educação recebem um auxílio-médico de R$ 200. “Valor que não dá para pagar uma consulta. Passamos quatro anos sem receber qualquer benefício. Rollemberg deu calote e não pagou a terceira parcela do reajuste. Só na gestão dele, nossas perdas salariais chegam a 40%”, criticou.

Policiais civis ficam de fora
Segundo a publicação no Diário Oficial, o benefício será aplicado a todos os servidores públicos que se enquadram na Lei º 840 de 2011, assim excluindo os policiais civis. “É mais um tapa na nossa cara. A medida é ótima, necessária. Mas, mais uma vez, a Polícia Civil foi excluída. E em um assunto que é dos mais caros para nós. Fica clara a perseguição da atual gestão aos policiais civis”, disparou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Rodrigo Franco. No entanto, de acordo com a Seplag, os policiais civis serão contemplados.

Em nota, a direção do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (SindSaúde) considerou a medida como bem-vinda, mas ponderou que “encara com surpresa uma licitação dessa envergadura no fim de um mandato, ainda mais depois que o governador não conseguiu a reeleição”.

Ao longo dos seus três anos e 11 meses de mandato, Rollemberg teve de lidar com dezenas de paralisações de servidores públicos e termina sua gestão brigado com os principais sindicatos. O governo do socialista chegará ao fim sem que seja paga a terceira parcela do reajuste salarial concedido a 33 categorias durante a administração do ex-governador Agnelo Queiroz (PT).

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