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Na porta da Polícia Federal, Zé das Placas pede liberdade para Arruda

Pela segunda vez, o aposentado José Vieira decide acampar e protestar. Segundo ele, o ex-governador roubou, mas fez muito por Brasília

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
zé das placas
1 de 1 zé das placas - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Um protesto solitário chama atenção de quem passa em frente à Superintendência da Polícia Federal, no Setor Policial Sul, onde estão presos os ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT), o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) e outras três pessoas suspeitas de desvios milionários nas obras de reforma do Mané Garrincha. Com uma placa escrito “Volta, Arruda. Deixa o homem trabalhar”, o aposentado José Lopes Vieira,72 anos, critica a prisão de Arruda e companhia.

Conhecido como Zé das Placas por sempre protestar com uma faixa na mão, ele contraria os brasilienses que fazem críticas aos políticos acusados de cobrar propina. “Brasília não merece Arruda, que fez tanto por Brasília e só recebeu desgosto”, argumenta.

Não é a primeira vez que Zé das Placas faz protesto em frente à PF. Em 2010, quando Arruda foi preso após o escândalo da Operação Caixa de Pandora, o aposentado acampou no mesmo local em apoio ao ex-governador.

Mas Arruda não é o único político que José Lopes defende. Ele também quer a liberdade para Agnelo e Filippelli. “Tá certo, eles roubaram. Não pega bem. Mas até a Polícia Federal erra. Cadê o japonês da Federal?”, questiona o aposentado. Morador de Santa Maria, o homem garante que só vai sair da frente da PF quando o grupo for solto. Se a prisão dos políticos não for prorrogada, eles devem conseguir liberdade no domingo (28).

Ele, que veio para Brasília em 1960, do Nordeste, conta que conheceu o ex-governador Arruda na CEB, há mais de 30 anos, quando o político começou a carreira como servidor da empresa de energia do GDF. José Vieira diz que já trabalhou como pintor e carpinteiro e se aposentou como funcionário da extinta Vasp, da família de Wagner Canhedo: “Ele também roubou, mas é uma pessoa muito boa”.

Panatenaico
Orçada inicialmente em R$ 600 milhões, o custo da arena brasiliense superou R$ 1,5 bilhão. A operação policial, batizada de Panatenaico, é decorrência das delações de ex-executivos da Andrade Gutierrez, que construiu a arena em consórcio com a Via Engenharia. Na terça-feira (23/5), além de autorizar as prisões, a Justiça determinou a indisponibilidade de R$ 155 milhões de 13 envolvidos no esquema.

Também foram presos o ex-secretário da Copa Cláudio Monteiro; o dono da Via Engenharia, Fernando Queiroz; o ex-presidente da Novacap Nilson Martorelli; a ex-presidente da Terracap Maruska Lima e os supostos interlocutores da propina entre as empreiteiras e os políticos.

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