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Saiba quem é o coronel da PMDF que teria pedido R$ 3 mi a empresários

Sérgio Roberto Roballo é investigado por outro escândalo, em 2019, ao usar o 1º Batalhão de Trânsito da PMDF como escritório particular

atualizado

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Myke Sena/ Especial para o Metrópoles
Foto: Myke Sena/ Especial para o Metrópoles
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Alvo de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (5/01), o oficial da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Sérgio Roberto Roballo é investigado por, supostamente, ter cobrado R$ 3 milhões de empresários credenciados ao Departamento de Trânsito (Detran). As empresas prestam serviço de vistoria veicular.

Batizada de Blackmail, a operação coordenada pela Delegacia de Repressão à Corrupção, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) coletou evidências que apontam que as vítimas foram coagidas sob a ameaça de divulgação de documentos que supostamente revelariam irregularidades praticadas pelos empresários no processo de credenciamento no Detran. Ainda não é possível saber se a quantia foi paga.

O tenente-coronel Roballo teria atuado como “porta-voz” de um grupo formado pelas pessoas que teriam sido prejudicadas com a terceirização das vistorias, sendo que o valor exigido seria dividido entre elas e serviria para amenizar os prejuízos suportados pela alteração na prestação dos serviços.

Recentemente, o serviço de vistorias veiculares no Distrito Federal foi terceirizado, passando a ser exercido por empresas credenciadas pelo Detran, fato que desagradou uma parcela dos atores anteriormente envolvidos.

O nome escolhido para a operação, o termo em inglês Blackmail, faz alusão a chantagem ou extorsão. O celular do tenente-coronel foi apreendido na operação e a reportagem não conseguiu localizar a defesa dele. O espaço permanece aberto para manifestações.

Veja imagens da operação:

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Outro escândalo

Não é a primeira vez que o nome do policial é alvo de investigações. Em 2019, o Metrópoles revelou que o tenente-coronel respondeu a um procedimento na Corregedoria por suspeita de utilizar as dependências do 1º Batalhão de Trânsito da PMDF como escritório particular.

Segundo o processo que tramitou na Auditoria Militar, Sérgio Roberto Roballo teria escalado PMs do Serviço Voluntário Gratificado (SVG) para, de forma terceirizada, fazer escolta motorizada em eventos ocorridos na cidade.

A PM também apurou se o oficial obteve vantagens indevidas em troca dos trabalhos. De acordo com os autos, ele teria comprado um imóvel de R$ 1 milhão, aquisição  incompatível com o seu salário, que é de R$ 17.142.

Outro crime militar atribuído ao tenente-coronel é o uso indiscriminado de viaturas. Conforme consta no processo, ele teria utilizado um carro e uma moto da PMDF para fins particulares.

Os veículos não têm plotagem e integram a frota do Centro de Manutenção da instituição. O policial teria, inclusive, adulterado as placas identificadoras dos automóveis, segundo os autos.

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