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Policiais suspeitos de corrupção são alvos de operação da PF em Minas

A investigação aponta “fortes indícios” de que os agentes teriam recebido dinheiro em troca de benefícios a criminosos

atualizado

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Reprodução/PF
Polícia Federal
1 de 1 Polícia Federal - Foto: Reprodução/PF

A Polícia Federal e a Corregedoria de Polícia Civil do Estado de Minas Gerais deflagraram, na manhã desta terça-feira (28/6), a Operação Forseti, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso voltado para a prática de crimes de corrupção e tráfico de drogas. Entre os envolvidos, estão policias da Delegacia de Repressão ao Furto, Roubo e Desvio de Cargas (Depatri).

De acordo com a corporação, a investigação aponta “fortes indícios de que policiais receberam vultosos valores para esvaziar investigação sobre um preso na cidade de Ribeirão das Neves (MG)”.

O homem estava com 36 kg de cocaína, que foram localizados no interior de uma residência utilizada pelo grupo criminoso como uma espécie de “laboratório” para o armazenamento, preparo e corte de drogas. Segundo a investigação, os policiais teriam recebido propina para soltar o criminoso, além de devolver a droga encontrada.

“O aprofundamento das investigações revelou, ainda, o envolvimento dos policiais investigados com outros esquemas de corrupção, de tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro, nos quais há a utilização de interpostas pessoas, físicas e jurídicas, para ocultação dos valores obtidos como produto dos crimes”, diz a corporação.

Estão sendo cumpridos mandados expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosas e Lavagem de Dinheiro de Minas Gerais, sendo nove de prisão preventiva, 23 de busca e apreensão, seis de afastamentos da função pública de policiais, bloqueio de valores em 23 contas bancárias de investigados e envolvidos, além do sequestro de 33 imóveis e de diversos veículos.

Os mandados estão sendo cumpridos, simultaneamente, nos municípios mineiros de Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima, Ibirité, Sarzedo, Sete Lagoas e Juiz de Fora, com a participação de 104 policiais, sendo 76 da Polícia Federal e 28 da Polícia Civil.

O nome da operação “Forseti” está relacionado à figura mitológica nórdica caracterizada pela representação da justiça e do conhecimento interior.

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