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“Maior devastador da Amazônia”: alvo da PF foi flagrado com dinheiro em fundo falso de armário

O empresário Bruno Heller foi preso com arma, nesta quinta-feira (3/8), 350 gramas de ouro e R$ 125 mil, entre reais, dólares, euros

atualizado

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Arquivo cedido ao Metrópoles
R$ 125 mil, entre reais, dólares, euros
1 de 1 R$ 125 mil, entre reais, dólares, euros - Foto: Arquivo cedido ao Metrópoles

Imagens obtidas pela coluna mostram dinheiro apreendido com o empresário Bruno Heller, suspeito de ser o maior devastador da floresta amazônica. O grileiro foi preso na região de Novo Progresso (PA), no começo da manhã desta quinta-feira (3/8), com arma, 350 gramas de ouro e R$ 125 mil, entre reais, dólares e euros. Parte da quantia estava escondida em fundo falso de um armário.

O pecuarista foi conduzido ao sistema prisional em Itaituba (PA), onde permanecerá à disposição da Justiça. Segundo as investigações, ele devastou o equivalente a quatro Ilhas de Fernando de Noronha (PE). Heller é o principal alvo da Operação Retomada, deflagrada pela PF nesta quinta, conforme revelou a coluna Na Mira.

Além da prisão em flagrante, a Justiça determinou, ainda, o bloqueio de R$ 116 milhões do suspeito – valor mínimo estimado dos recursos florestais extraídos e de recuperação da área atingida – e o sequestro de veículos, de 16 fazendas e imóveis e da indisponibilidade de 10 mil cabeças de gado.

De acordo com apurações da Polícia Federal, o empresário liderava esquema de invasão de terras da União e desmatamento para criação de gado na floresta amazônica. No total, além da prisão, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal nos municípios de Novo Progresso (PA) e Sinop (MT).

Confira como foi a operação da PF:

 

As investigações tiveram início após a PF em Santarém (PA) identificar o desmatamento de quase 6 mil hectares na região do município de Novo Progresso (PA).

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O inquérito policial aponta que o grupo criminoso, liderado pelo empresário, teria fraudado Cadastro Ambiental Rural de áreas próximas das suas, em nome de terceiros, principalmente de parentes. Em seguida, tais áreas foram desmatadas para a criação de gado. Assim, os verdadeiros responsáveis pela exploração das atividades se sentiriam protegidos contra eventuais processos criminais ou administrativos, os quais seriam direcionados aos participantes sem patrimônio.

Até o momento, a PF identificou que Heller e seu grupo teriam se apossado de mais de 21 mil hectares de terras da União. Além disso, já foram constatados o desmatamento de mais de 6,5 mil hectares de floresta. Os danos ambientais são agravados pela ocupação de áreas que circundam terras indígenas e unidades de conservação.

Bruno Heller já recebeu 11 autuações e seis embargos do Ibama por irregularidades, e perícias da PF indicam a existência de danos ambientais ocasionados por suas atividades também na Terra Indígena Baú.

 

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