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Anderson Torres comunica a deputados que não vai comparecer à CPI da CLDF

Preso, ex-secretário de Segurança Pública vem sendo investigado por atos antidemocráticos, mas pôde escolher prestar depoimento ou não

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
PF Anderson Torres Eduardo Bolsonaro
1 de 1 PF Anderson Torres Eduardo Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A defesa do ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres comunicou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa que ele não vai prestar depoimento na Casa. Em documento enviado para os distritais que fizeram a convocação, o advogado Rodrigo Roca cita que ele “nada mais tem a acrescentar ao que já foi declarado à Polícia Judiciária, em ato que durou mais de 10 horas”.

Torres está preso no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará II, e vem sendo investigado pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando houve tentativa de golpe em Brasília.

O fato também é apurado pela Câmara Legislativa, que fez diversas tentativas de convocação. Na última, deu condições especiais para Torres, como a dispensa do uso de algemas em uma oitiva sem transmissão ao vivo. Caso concordasse com a convocação, ele seria ouvido na próxima semana, dia 23.

Condução coercitiva

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes havia decidido que não há legalidade para uma condução coercitiva de Torres até a CLDF, e liberou o ex-secretário para escolher se iria ou não prestar depoimento.

O presidente da CPI, Chico Vigilante (PT), recebeu o comunicado na noite desta quarta-feira (15/3) e prometeu novas tentativas. “Vamos convocar de novo, até ele mudar de ideia. Amanhã mesmo eu apresento o requerimento para convocação de depoimento para o dia 23”, comentou.

Para o deputado, a argumentação da defesa de que Torres já deu todos os esclarecimentos dentro da investigação do STF “não justifica nada”. “A PF é um tipo de investigação, a da CPI é completamente diferente.”

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