A CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) recebeu na noite desta terça-feira (14/3) um documento que contrapõe a versão da Polícia Militar do DF de que foi surpreendida pelos atos terroristas de 8 de janeiro.
Na véspera dos atos extremistas, a Polícia Federal (PF) alertou para o risco de bolsonaristas destruírem as sedes dos Três Poderes em uma tentativa de “tomar o poder”, o que de fato aconteceu. O alerta foi feito pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, ao ministro da Justiça, Flávio Dino, como mostrou o repórter Patrik Camporez em janeiro.
“O grupo pretende promover ações hostis e danos contra os prédios dos ministérios, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, do STF”, escreveu Rodrigues, acrescentando: “Teriam a intenção de ‘tomar o poder”. O chefe da PF ressaltou que a maioria dessas pessoas estava acampada em frente ao Quartel-General do Exército e haviam chegado à capital federal em caravanas de ônibus.
O diretor da PF disse também ao ministro da Justiça que naquele mesmo dia, 7 de janeiro, havia participado de uma reunião na Secretaria de Segurança Pública do DF com a Polícia Militar. Integrantes da CPI avaliam que esta reunião é mais um sinal de que a Secretaria de Segurança Pública do DF tinha a dimensão do que seriam os atos golpistas.
Apesar disso, no dia seguinte a PM escoltou os extremistas até a Esplanada dos Ministérios e não evitou a invasão do Congresso, do STF e do Planalto. O bloqueio da PM era furado facilmente pelos apoiadores de Jair Bolsonaro.

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