Acusado de estrangular e matar esposa é preso temporariamente no DF
Leandro Nunes Caixeta, 34 anos, é acusado de estrangular e matar, na última quarta-feira (3/8), Jeanne Pires dos Santos, 31 anos
atualizado
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Acusado de estrangular e matar a ex-companheira Jeanne Pires dos Santos, 31 anos, na QNN 1, em Ceilândia Norte, Leandro Nunes Caixeta, 34, se apresentou, nesta segunda-feira (8/8), à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II, localizada na QNM 2, em Ceilândia, onde foi ouvido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Ele tinha mandado de prisão temporária de 30 dias em aberto que deve ser convertido em preventiva. O crime ocorreu na última quarta-feira (3/8) e foi o 12º feminicídio registrado no Distrito Federal este ano.

Jeanne Pires dos Santos, 31 anos, vítima de feminicídio Reprodução/Facebook

O companheiro, Leandro Nunes Caixeta, 34 anos, é o principal suspeito do crime Reprodução/Facebook

Jeanne deixa uma filha de 11 anos Reprodução/Material cedido ao Metrópoles

Este é o 12º caso de feminicídio ocorrido no DF em 2022 Reprodução/Material cedido ao Metrópoles
“Só quero que ele pague pela maldade que fez com a minha filha. Fiz de tudo para ela se separar dele, mas ela sempre acabava voltando com ele depois de tudo”, lamentou a mãe da vítima, Ivoneide Pires, 50 anos. Segundo a familiar, as agressões eram constantes e ocorriam há bastante tempo.
Violência contra mulher: identifique e saiba como denunciar

Getty Images

A violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico a ela, tanto no âmbito público como no privado Hugo Barreto/Metrópoles

Esse tipo de agressão pode ocorrer de diferentes formas: física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral Arte/Metrópoles

A violência psicológica caracteriza-se por qualquer conduta que cause dano emocional, como chantagem, insulto ou humilhação Hugo Barreto/Metrópoles

Já a violência sexual é aquela em que a vítima é obrigada a manter ou presenciar relação sexual não consensual. O impedimento de uso de métodos contraceptivos e imposição de aborto, matrimônio ou prostituição também são violências desse tipo iStock

A violência patrimonial diz respeito à retenção, subtração, destruição parcial ou total dos bens ou recursos da mulher. Acusação de traição, invasão de propriedade e xingamentos são exemplos de violência moral IStock

A violência pode ocorrer no âmbito doméstico, familiar e em qualquer relação íntima de afeto. Toda mulher que seja vítima de agressão deve ser protegida pela lei Imagem ilustrativa

Segundo a Secretaria da Mulher, a cada 2 segundos uma mulher é vítima de violência no Brasil. A pasta orienta que ameaças, violência, abuso sexual e confinamento devem ser denunciados iStock

A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita pelo 190 da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), na Central de Atendimento da Mulher pelo 180 ou na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que funciona 24 horas Rafaela Felicciano/Metrópoles

O aplicativo Proteja-se também é um meio de denúncia. Nele, a pessoa poderá ser atendida por meio de um chat ou em libras. É possível incluir fotos e vídeos à denúncia Marcos Garcia/Arte Metrópoles

A Campanha Sinal Vermelho é outra forma de denunciar uma situação de violência sem precisar usar palavras. A vítima pode ir a uma farmácia ou supermercado participante da ação e mostrar um X vermelho desenhado em uma das suas mãos ou em um papel Rafaela Felicciano/Metrópoles

Representantes ou entidades representativas de farmácias, condomínios, supermercados e hotéis em todo DF que quiserem aderir à campanha devem enviar um e-mail para sinalvermelho@mulher.df.gov.br Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Os centros especializados de Atendimento às Mulheres (Ceams) oferecem acolhimento e acompanhamento multidisciplinar. Os serviços podem ser solicitados por meio de cadastro no Agenda DF Agência Brasília

Os núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavds) oferecem acompanhamento psicossocial às pessoas envolvidas em situação de violência doméstica e familiar. O Nafavd recebe encaminhamentos pela Justiça ou Ministério Público. Os autores de violência podem solicitar atendimento sem encaminhamento Agência Brasília

A campanha Mulher, Você não Está Só foi criada para atendimento, acolhimento e proteção às mulheres em situação de violência que pode ter sido consequência, ou simplesmente agravada, pelo isolamento resultante da pandemia. Basta ligar para 61 994-150-635 Hugo Barreto/Metrópoles
Casos passados
O caso de Jeanne quarta soma-se aos outros 11 feminicídios registrados, em sete meses, no DF. No mesmo período de 2021, 16 mulheres perderam a vida pelo crime de ódio. Apesar da redução, os assassinatos seguem chocando e indignando moradores da capital federal. Todos envolveram selvagerias como esfaqueamentos, estrangulamentos, espancamentos, além da vítimas também terem sido alvejadas ou queimadas.
Junho foi o mês que encerrou com o maior número de casos de feminicídio em 2022; são três mortes. Em seguida:
- Janeiro – dois casos;
- Fevereiro – dois casos;
- Março – um caso;
- Maio – dois casos;
- Junho – três casos.
- Julho – um caso.