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Mulher que incendiou consultório de ex tenta se enforcar em cela com elástico de máscara

Os policiais correram para socorrê-la, mas ela conseguiu se esquivar e passou a bater com a própria cabeça em um banco de concreto

atualizado

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1 de 1 computador - Foto: Reprodução

A mulher investigada por perseguir o ex-namorado e presa em flagrante pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), nesta quinta-feira (12/8), tentou se enforcar com o elástico da máscara, quando estava no interior da cela na 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires).

Os policiais da unidade correram para socorrer Camilla Moreira do Nascimento Lima, 29 anos, mas ela conseguiu se esquivar e passou a bater com a própria cabeça em um banco de concreto que havia na cela. Enquanto se machucava, a autora gritava que queria tirar a própria vida. Aos investigadores, a suspeita contou que havia tomado 50 gotas do calmante Rivotril.

Os agentes acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que prestou os primeiros socorros. A mulher ficou com ferimentos leves na cabeça. Na audiência de custódia, o judiciário decidiu que a autora seria liberada após colocar tornozeleira eletrônica. Ela foi proibida de se aproximar do médico de 51 anos.

O caso

Segundo as investigações, a autora e a vítima namoraram por cerca de três anos e se separaram há sete meses. Inconformada, a autora, na última terça-feira (10/8), enviou para o ex, um médico de 51 anos de idade, mensagens de áudio com ameaças. Ela dizia que ia quebrar o escritório e a casa da vítima, além de destruir a vida dele e de toda sua família.

Decidida a cumprir com as ameaças, a autora, na quarta-feira (11/8), invadiu a clínica  do médico, situada em Vicente Pires, entrou na sala de ecografia e passou a quebrar todos os aparelhos que estavam no local.

Usando álcool e fósforos, a mulher colocou fogo no lençol de uma maca, causando um incêndio. Na ocasião, havia 10 pessoas no prédio. O fogo não atingiu as demais instalações devido à rápida intervenção dos funcionários, que conseguiram abafar as chamas ainda no início.

Com o pânico causado, funcionários de um laboratório se trancaram no interior de uma sala, imaginando que poderia ser algum tipo de ataque. A acusada também agrediu um dos funcionários da clínica do ex com uma cotovelada, causando-lhe lesão no olho esquerdo. A agressora só deixou o local quando um outro sócio da clínica chegou.

 

Após as vítimas informarem os fatos à polícia, os agentes de polícia realizaram buscas e prenderam a acusada em sua própria casa, localizada em Ceilândia.

Na delegacia, ela disse que havia sido humilhada, agredida e ameaçada pelo ex-namorado durante o relacionamento e que, após tentarem retomar a relação, ele teria discutido com ela por ciúmes. Disse, ainda, que ficou revoltada com tais ameaças e decidiu incendiar a clínica do ex-namorado para que ele a deixasse em paz.

A autora foi presa em flagrante pelos crimes de dano qualificado e incêndio e, caso condenada, sua pena pode alcançar os 11 anos de prisão.

Quarenta pacientes que realizariam exames de ultrassonografia na clínica tiveram o agendamento desmarcado. A autora quebrou o aparelho, além de sete monitores, um teclado

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