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MPDFT denuncia advogado que perseguiu e atropelou mulher no Lago Sul

Denúncia da Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri foi publicada nessa terça-feira. Vítima segue internada

atualizado

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Paulo Ricardo Moraes Milhomem
1 de 1 Paulo Ricardo Moraes Milhomem - Foto: null

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, que atropelou a também advogada e servidora pública Tatiana Machado Matsunaga, 40 anos.

O órgão se manifestou de acordo com as conclusões do inquérito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que indiciou Paulo Ricardo por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil. Quem analisou o caso foi a procuradora Yara Veloso Teixeira, da Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri. A denúncia foi publicada nessa terça-feira (7/9).

A vítima está internada em um hospital particular de Brasília desde o dia do crime. Também nessa terça, a Justiça negou o terceiro pedido de Paulo Ricardo para sair da cadeia.

O atropelamento aconteceu em 25 de agosto, quando Paulo Ricardo atropelou Tatiana após uma briga de trânsito no Lago Sul. O momento em que a advogada e servidora da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) é atropelada foi registrado por câmeras de segurança. O condutor do veículo não prestou socorro à vítima, mas se apresentou à delegacia acompanhado de um advogado. Em seguida, foi preso em flagrante.

No dia do crime, Paulo Ricardo seguiu a advogada desde a quadra QI 15, no Lago Sul, até a casa da mulher, na QI 19. Quando Tatiana chegou em frente de casa e saltou do veículo, Paulo Ricardo a atropelou com um Fiat Idea. Ainda havia um menino de 8 anos dentro do carro, filho da vítima.

Veja:

No dia seguinte ao atropelamento, a juíza Paula Afoncina Barros Ramalho converteu o flagrante em prisão preventiva e manteve o motorista na cadeia. Para a magistrada, as circunstâncias indicam, em primeiro juízo, a especial periculosidade do agente e “fornecem base empírica idônea à conclusão de que sua liberdade afetará a ordem pública”.

Durante a audiência de custódia, o acusado afirmou que não teve intenção de “lesionar” a vítima. No pedido de habeas curpus negado nessa terça, a defesa de Paulo Ricardo afirmou que que ele é o provedor do sustento da filha, portadora de enfermidade severa e, portanto, não pode ficar afastado do lar.

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