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Lixão da Estrutural não receberá mais resíduos a partir deste sábado

Deste fim de semana em diante, todas as 2,7 mil toneladas de lixo recolhidas diariamente serão levadas para o Aterro Sanitário de Brasília

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Lixão da Estrutural
1 de 1 Lixão da Estrutural - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Depois de 57 anos, o Aterro Controlado do Jóquei, conhecido como Lixão da Estrutural, não receberá mais os resíduos produzidos pelos brasilienses. A confirmação foi dada pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), nesta sexta-feira (19/1).

A partir deste sábado (20), portanto, as 2,7 mil toneladas de lixo recolhidas diariamente serão levadas para o Aterro Sanitário de Brasília. Pré-candidato à reeleição, Rollemberg usará a questão ambiental como uma das bandeiras para tentar reverter a rejeição do eleitorado. “Este governo ficará conhecido por ter fechado o Lixão e aberto a Orla do Lago Paranoá”, afirmou o socialista.

O governador ainda prometeu ampliar a coleta seletiva para todas as regiões administrativas até o fim do ano. Atualmente, são 18 localidades atendidas. Em contrato fechado com sete cooperativas nesta semana, porém, o número sobe para 28.

Desde 17 de janeiro de 2017, o Aterro Sanitário de Brasília, localizado entre Ceilândia e Samambaia, abriga uma parte dos resíduos recolhidos no Distrito Federal – diariamente, 900 toneladas de rejeitos são recebidas. Durante a vida útil, estimada em 13 anos, o local deve receber 8,13 milhões de toneladas do que sobra do lixo domiciliar após o processo de triagem.

Ambientalmente correto, o depósito tem o solo impermeabilizado, sistema de drenagem e compactação diária, “que reduzem o volume do lixo e evitam a contaminação de áreas vizinhas e a proliferação de animais, como roedores e urubus”, segundo o Serviço de Limpeza Urbana (SLU).

O lixão, no entanto, ainda receberá entulho da construção civil. Durante oito dias, a unidade será alvo do trabalho de aterramento e, em 29 de janeiro, os caminhões voltarão a circular no terreno de 200 hectares.

A fiscalização do descarte do lixo também será reforçada, assegurou o governador. Um decreto publicado nesta sexta dá poder para a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) apreender caminhões que estejam despejando lixo em terrenos inadequados.

Realocação dos catadores
Na última terça-feira (16), sete cooperativas de catadores assinaram contratos para trabalhar nos galpões de triagem alugados pelo Governo do Distrito Federal. A ocupação das unidades, onde os materiais recicláveis devem ser separados dos demais, faz parte das medidas instituídas pelo governo para desativar o Lixão da Estrutural.

Os cinco galpões ficam no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), no Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA), no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN) e em Ceilândia. Eles têm capacidade para acolher até 1,2 mil catadores, de acordo com o SLU.

Como forma de compensar os trabalhadores pela redução da demanda de resíduos devido à desativação gradual do depósito, os profissionais cadastrados das cooperativas que desenvolverem atividades nos galpões têm direito a uma compensação financeira mensal de R$ 360,75, válida por seis meses. Catadores, no entanto, reclamam da demora na liberação do dinheiro.

De acordo com o governador, a bolsa financeira somada ao resultado do trabalho nos galpões de triagem garantirá aos catadores uma renda mensal superior ao salário mínimo. “O SLU pagará R$ 300 por tonelada vendida. Essas medidas somam uma média de R$ 1,2 mil por mês para os catadores que trabalharem entre quatro e seis horas”, afirma Rollemberg.

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