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GDF adia desativação do Lixão da Estrutural para 20 de janeiro

Local é considerado o maior lixão a céu aberto da América Latina e deveria ser fechado nesta terça (31/10)

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) adiou o fechamento definitivo do Lixão da Estrutural para 20 de janeiro de 2018. Ele havia garantido a total desativação do local nesta terça-feira (31/10). Segundo o chefe do Executivo local, a medida é necessária para garantir que nenhum catador de material reciclável seja prejudicado com a mudança.

Rollemberg também decidiu aumentar o valor pago aos catadores por tonelada tirada: dos atuais R$ 92, poderá chegar a R$ 350. O dinheiro recebido aumenta proporcionalmente à quantidade de resíduos reaproveitáveis separados pelos trabalhadores do Lixão.

O Palácio do Buriti ainda prometeu melhorar a vida desses trabalhadores com a entrega, até 15 de dezembro, de 180 containers, balanças, prensas e empilhadeiras. Ainda existe a possibilidade da instituição de um transporte para levar os catadores de casa para o aterro.

A sobrevida do lixão atende a uma reivindicação de alguns homens e mulheres que ganham a vida no local. “A nossa maior preocupação com o fechamento eram as dificuldades que íamos passar.  Viemos falar com governador para postergar a data (31/10), pois é uma medida que fortalece nossos direitos”, afirmou o integrante da articulação nacional dos catadores, Severino Júnior.

O processo de desativação do lugar teve início em 2015, com a criação de um grupo de trabalho formado por diversos órgãos, com a finalidade de elaborar e executar o plano de intervenção que visa ao encerramento das atividades irregulares.

“Com essa medida, registramos meu compromisso com os catadores de resíduos sólidos da cidade, pois é uma categoria que desempenha um papel importante para a sociedade”, disse o chefe do Executivo local.

Novo aterro
Desde janeiro deste ano, o DF dispõe do Aterro Sanitário de Brasília, com 760 mil metros quadrados – dos quais 320 mil são destinados a receber rejeitos. A primeira etapa tem 110 mil metros quadrados e é fracionada em quatro células de aterramento.

As obras das etapas seguintes estão sendo feitas paralelamente ao início do funcionamento do local, de forma a evitar acúmulo de água da chuva e, consequentemente, de chorume. O aterro, que fica na DF-180, entre Ceilândia e Samambaia, foi projetado para comportar 8,13 milhões de toneladas de rejeitos e, com isso, ter vida útil de aproximadamente 13 anos.

A célula de aterramento onde vem sendo depositado rejeito desde a inauguração, em 17 de janeiro, tem 44 mil metros quadrados. O solo é formado por uma série de proteções para evitar a contaminação do lençol freático. A mais profunda tem 1,5 metro de terra compactada. Por cima dela, há uma manta de polietileno de alta densidade. Essas duas partes impedem que o chorume chegue ao solo.

A camada da superfície, de 50 centímetros de terra, é a que recebe rejeitos e protege a manta de possíveis danos, já que os caminhões passam por cima do material. Embaixo de tudo isso, existem drenos de captação de águas subterrâneas, que evitam rupturas motivadas pela pressão desse líquido.

Bolsa
Com o argumento de que os trabalhadores do local precisavam de um tempo de adaptação, o Executivo local concedeu a cerca de 1,2 mil catadores de materiais recicláveis uma ajuda financeira no valor de R$ 360,75 por seis meses.

A medida foi anunciada após cerca de 120 catadores protestarem por medo de perderem a principal fonte de renda.

 

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