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Em tempo de racionamento, a ordem é reduzir consumo de água

Moradores estão adotando medidas e usando a tecnologia para racionalizar o uso da água. Confira o que você também pode fazer

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Michael Melo/ Metrópoles
racionamento aguas claras
1 de 1 racionamento aguas claras - Foto: Michael Melo/ Metrópoles

A pior crise hídrica da história da capital do país levou muitos moradores a correram atrás de maneiras para driblar os cortes de abastecimento, como a compra de tonéis e caixas para estocar água. Mas há quem tenha se antecipado ao racionamento e adotado medidas efetivas para diminuir o consumo e reutilizar o bem natural cada vez mais precioso e escasso.

Há cerca de seis meses, o síndico Alexandre Montenegro (foto em destaque) decidiu adotar um sistema para reaproveitar a água da chuva do prédio, localizado em Águas Claras. Ele garante ter conseguido resultados expressivos. “Chegamos a quase metade do consumo. A água coletada é armazenada e usada para a limpeza de todas as áreas do condomínio”, explica. Montenegro relata que, em um primeiro momento, a adaptação não foi fácil, mas que após conversas com funcionários e moradores, as medidas surtiram o efeito esperado.

Além do sistema de coleta de chuva, que custou cerca de R$ 450, Montenegro ainda adotou outras medidas durante o racionamento, como a retirada de torneiras em espaços comuns, limpeza de pisos com vassouras e panos e interdição de áreas como a sauna. “Infelizmente, é preciso mudar um pouco a rotina nesse momento, mas esperamos que o exemplo se multiplique e não tenhamos problemas de abastecimento no futuro”.

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O engenheiro civil Gustavo Furtado já investe no reaproveitamento há mais tempo. Em 2006, ele desenvolveu e patenteou um sistema que reutiliza a água usada em banhos e máquinas de lavar. “A chamada água cinza contém muitas substâncias e é necessário tratá-la. Mas, com o equipamento, pode-se usá-la novamente para limpeza, irrigação e outras atividades”, explica o empresário.

O produto foi implementado no Residencial Reserva Especial, na Quadra 108 do Noroeste. Segundo Furtado, o equipamento custou aproximadamente R$ 35 mil, mas o custo foi pago em sete meses, devido a redução de 50% no consumo de água do prédio, incluindo os apartamentos. “Atualmente, a irrigação dos jardins é feita somente com a água reaproveitada”, conta o engenheiro.

O sistema, segundo Furtado, é mais indicado para prédios e casas em fase de projeto, mas é possível adaptá-lo para residências já construídas. “O custo para uma casa é de aproximadamente R$ 16 mil e o retorno financeiro se dá em cerca de dois anos. Mesmo assim, pode-se encarar como um investimento ambiental importante”, defende o empresário, que já instalou o equipamento em mais de 100 locais somente no DF.

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Pequenas mudanças

Mas a redução no consumo não depende apenas de grandes investimentos e sistemas tecnológicos. O professor Gustavo Souto Maior, do Núcleo de Estudos Ambientais da Universidade de Brasília (Neam/UnB), explica que falta uma maior conscientização da população.

“As pessoas não sabem exatamente como reduzir o consumo e nem por quê. Faltam iniciativas governamentais efetivas, como visitas domiciliares ou linhas de crédito para implementação de sistemas de reaproveitamento. Só assim haverá uma mudança de cultura”, aponta o especialista.

Para ajudar nessa mudança, algumas atitudes diárias podem ser tomadas. Confira algumas dicas de como reduzir o consumo e reaproveitar a água em momentos de crise e também depois dele:

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