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“Mãe, eu a matei”, disse homem que atacou mulher com taco de beisebol

Larissa Nascimento foi espancada pelo companheiro, até a morte. A família do autor afirma que ele tem personalidade extremamente violenta

atualizado

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Reprodução/Internet
João Paulo de Moura Sousa
1 de 1 João Paulo de Moura Sousa - Foto: Reprodução/Internet

O relacionamento entre Larissa Pereira do Nascimento, 22 anos, e João Paulo de Moura Sousa (foto em destaque), 23, era marcado pela violência. Antes de ser espancada até a morte pelo companheiro com um taco de beisebol, no domingo (9/5), no Condomínio Del Lago, no Itapoã, a jovem havia registrado ocorrência contra o namorado. Devido às agressões, o autor usava tornozeleira eletrônica.

A mãe de João Paulo, que não terá o nome divulgado, afirmou que o filho é agressivo e tem diversas passagens pela polícia –  a maioria por violência doméstica contra Larissa. Por estar usando tornozeleira eletrônica, o autor precisou sair de casa e passou a morar com a mãe. A mulher detalha que o jovem é extremamente ciumento, o que resultava em constantes agressões contra a companheira.

Ela conta que, por temer que algo mais grave acontecesse, chegou a aconselhar Larissa a não desistir do processo criminal contra João Paulo. Antes do homicídio, o rapaz chegou a ser preso por agredir a vítima. Entretanto, segundo a testemunha, assim que ele foi liberado, o casal retomou a relação e passou a morar com a mãe do jovem.

No dia anterior ao assassinato, no sábado (8/5), uma irmã de João Paulo fez aniversário. A comemoração ocorreu na mesma rua onde o casal mora. Larissa resolveu ir à festa, mesmo após ser alertada pela sogra. A mãe do rapaz relata que ele estava dormindo. A testemunha disse que tinha medo da reação que ele teria ao acordar e não ver a namorada em casa.

Durante a madrugada, a mãe do autor relata que acordou com um barulho. A briga envolvia João Paulo, o irmão dele e Larissa. Ela detalha que não teve como intervir pessoalmente, pois teve medo do próprio filho. Os vizinhos ouviram gritos de socorro e ligaram para a Polícia Militar. Quando a equipe chegou ao endereço, os familiares informaram que a confusão havia cessado e que o casal estava dormindo.

Na manhã de domingo, a testemunha afirma que saiu de casa e, quando voltou, viu que Larissa e João Paulo voltaram a discutir. Em um momento, o rapaz pediu um abraço para mãe e falou: “Acho que matei a minha mulher”. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas a jovem não apresentava sinais vitais. A polícia apura a hora aproximada em que a vítima morreu – se de madrugada ou na manhã de domingo, conforme o relato da testemunha.

A violência dos golpes foi tanta que um dos olhos da vítima estava fora da cavidade ocular. Além disso, o corpo de Larissa apresentava múltiplas lesões. O autor chegou a fugir de bicicleta, mas a polícia o localizou logo em seguida, na casa do pai. O casal tem um filho de sete meses.

O irmão de João Paulo confirmou que o jovem é uma “pessoa de personalidade extremamente violenta”. Ele ressaltou que, desde a adolescência, o irmão tem envolvimento com o crime e viveu a maior parte do tempo sob a custódia do Estado, no sistema prisional.

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Vizinhos

Em depoimento prestado na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), pelo menos três vizinhos contaram ter ouvido gritos de desespero vindos da casa onde estavam Larissa e João Paulo.

“Para de me bater, para, deixa eu ir”, teria implorado a vítima, segundo os vizinhos. Ainda de acordo com a oitiva das pessoas que moravam perto do casal, já na manhã de domingo, João Paulo sentou-se com a mãe e o irmão na calçada e admitiu ter tirado a vida de Larissa de forma covarde.

Como consta na ocorrência registrada na Polícia Civil do DF (PCDF), ele teria dito à matriarca: “Mãe, ela está morta, eu a matei, mas não quero ir preso”, disse o agressor. Mesmo a vítima tendo sido assassinada de madrugada, o Corpo de Bombeiros só foi acionado às 10h20.

Desespero

A mãe de Larissa compareceu ao local do crime e entrou em estado de choque após tomar conhecimento do óbito da filha.

A reação de João Paulo, de acordo com testemunhas, foi pedir desculpas à mulher, montar na bicicleta e deixar o local. O assassino seria preso horas mais tarde pela PMDF na casa do pai.

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