metropoles.com

Lei de assistência a órfãos do feminicídio está há 1 ano sem regulamentação

Texto prevê assistência e proteção integral de crianças e adolescentes que perderam as mães em casos de feminicídio no DF

atualizado

Compartilhar notícia

Feminicídio 18,
1 de 1 Feminicídio 18, - Foto: null

Há 1 ano e seis meses, em agosto de 2022, o Governo do Distrito Federal sancionou a Lei N° 6.937/2021, que trata do programa Órfãos do Feminicídio. O texto prevê assistência e proteção integral de crianças e adolescentes que perderam as mães em casos de feminicídio no DF. Porém, a legislação ainda não foi regulamentada.

A lei determina a obrigatoriedade de comunicação pela Polícia Civil, ao Conselho Tutelar competente, do nome completo e da idade de crianças e adolescentes dependentes de vítimas de feminicídio para que sejam acompanhados pelo poder público com acesso à moradia, educação, saúde e assistência social e outros.

O programa ainda garante atendimento em grupo terapêutico ou individual, das crianças e seus responsáveis legais, que será realizado de forma integrada entre os Centros de Referência Especializados em Assistência Social e os serviços que compõem a Rede de Proteção às Mulheres em Situação de Violência e o Sistema de Garantias de Direitos de Crianças e Adolescentes.

Procurado, o GDF não se manifestou. O espaço segue aberto.

O autor da norma, o deputado distrital Fábio Feliz (Psol) deve requisitar uma reunião com a governador em exercício Celina Leão (PP) a fim de pedir a regulamentação da lei.

Órfãos do feminicídio

De acordo com o portal da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP/DF), desde 2015, pelo menos 286 crianças tornaram-se órfãs por perderem as mães para o feminicídio. Destas, 181 eram menores de idade quando o crime ocorreu, sendo a maioria com menos de 12 anos.

Apenas em 2023, a capital federal registrou cinco feminicídios entre janeiro e o início de fevereiro. Diante dos dados, o GDF criou uma força-tarefa para combater o crime.

Segundo o texto, o objetivo da força-tarefa é “propor, no âmbito do Distrito Federal, políticas públicas voltadas à prevenção do feminicídio, à proteção, ao acolhimento e à eliminação de todas as formas de discriminação e violência contra as mulheres”.

Ao todo, nove secretarias do governo, Defensoria Pública do DF e a Companhia Energética de Brasília (CEB) compõem o grupo, inicialmente. Entre as pastas, estão, por exemplo, a Secretaria da Mulher, Secretaria de Justiça e Cidadania, Secretaria de Saúde e Secretaria de Educação.

Outras quatro instituições foram convidadas: Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT); Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); Câmara Legislativa; e Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção do Distrito Federal (OAB/DF).

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?