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Acusado de feminicídio no Caso Noélia vai a júri popular em Águas Claras

Almir Ribeiro será julgado por homicídio duplamente qualificado e porte ilegal de arma de fogo. Vítima trabalhava em shopping da Asa Norte

atualizado

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almir evaristo, Noélia
1 de 1 almir evaristo, Noélia - Foto: Reprodução/Facebook

Almir Evaristo Ribeiro, 43 anos, vai a júri popular nesta quinta-feira (26/11). Ele é o principal suspeito do feminicídio de Noélia de Oliveira Rodrigues, 38 anos. O crime ocorreu em 17 de outubro de 2019, em Vicente Pires. O réu foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima (disparo de arma de fogo à curta distância) e feminicídio (condição em que a vítima é morta por ser mulher).

O julgamento terá início às 9h, no Fórum de Águas Claras. Ele ocorre um dia após o dia Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, com diversas campanhas de conscientização realizadas nesta quarta-feira (25/11).

Segundo as investigações, em 17 de outubro de 2019, dia do crime, por volta das 22h, Evaristo ofereceu carona para Noélia, que entrou no carro do acusado em uma parada de ônibus na W3 Norte. Na região de Vicente Pires, ele entrou em uma estrada marginal, parou o veículo e disparou contra a mulher, que morreu no local.

O corpo de Noélia foi encontrado no Assentamento 26 de Setembro, em Vicente Pires. De acordo com peritos do Instituto de Criminalística (IC) que analisaram o local onde o crime ocorreu, a vendedora levou um tiro à queima-roupa no rosto.

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O réu pode ser condenado a uma pena de 12 a 30 anos de reclusão. O acesso do público ao plenário do Tribunal do Júri de Águas Claras está restrito, devido às medidas sanitárias adotadas por causa da pandemia de Covid-19. Os debates serão transmitidos pela internet, por meio do aplicativo gratuito Webex. O acesso pode ser feito pelo link.

Depoimento

Em audiência realizada no mês de fevereiro deste ano, a versão de Almir para a morte da vendedora foi diferente. O depoimento foi prestado durante audiência de instrução e julgamento no Fórum de Águas Claras, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). De acordo com o operador de máquinas, ele é “vítima de injustiça”.

Na versão dele, no dia da morte, Noélia teria pedido carona, mas, de última hora, cancelou. Ele afirma que já estava no shopping onde a vendedora trabalhava havia duas horas. No entanto, apenas aceitou a decisão dela e voltou para casa.

Segundo Almir, ele não cometeu o crime e não sabe quem pode ter matado a mulher, de quem era vizinho. “Eu era apenas amigo dela e tinha uma relação tranquila”, disse. “Estão me acusando de algo que não cometi”, alegou.

Nem mesmo sobre o caso extraconjugal, que supostamente manteria com a vítima, ele quis comentar. Apesar de confrontado com provas de que ligações entre os dois tinham duração de mais de uma hora, o homem repetiu que isso não acontecia: “Eu achava que tinha desligado, mas não conferia e acabava que estava ligado ainda”.

Denúncia

Em novembro de 2019, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou Almir pelo assassinato de Noélia e por porte ilegal de arma de fogo. Ele está detido desde o fim de outubro do ano passado e teve prisão temporária convertida em preventiva pela Justiça no mês de novembro.

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