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Indignação e tristeza. Marcha no Guará pede mais segurança depois de assassinato na porta de escola

Cerca de 200 pessoas, entre adultos, crianças e idosos, caminharam pelas ruas da região em protesto contra a violência

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Caminhada Guará
1 de 1 Caminhada Guará - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma manifestação tomou as ruas do Guará na manhã deste sábado (6/2). O ato pedia mais segurança depois do assassinato do servidor público Eli Roberto Chagas, morto na última terça (2) ao buscar os filhos no Colégio Rogacionista, na QE 38 do Guará II. Cerca de 200 pessoas marcharam por quatro quilômetros, da Administração Regional até a escola, exigindo justiça para este caso, incluindo a família do funcionário do Senado.

Durante a caminhada, que contou com adultos, crianças e idosos, os manifestantes carregavam faixas com dizeres que pedem paz e justiça. Muitos deles também tinham flores brancas nas mãos. O padre Ademar Tramontin, diretor do colégio Rogacionista, esteve presente no ato. “A caminhada representa uma tentativa de conscientizar a população com relação à violência que atinge não só o Guará, mas todo o Distrito Federal”, afirmou.

A iniciativa de organizar o movimento partiu de um ex-aluno do Rogacionista. Leandro Morais, de 26 anos, conta que os pais sempre o buscavam na porta da escola, o que fez com que ele se sentisse próximo de Eli.

Tomei a iniciativa por conta da onda de violência que toma conta do DF. Na semana passada, antes do episódio na escola, um grupo de criminosos armados invadiu a minha rua com um carro roubado. Assim que soube da notícia na terça-feira, criei o evento e compartilhei nos grupos do Guará. É algo pequeno, mas temos que começar por algum lugar.

Leandro Morais, organizador do evento

O ato ocupou uma faixa da pista principal do Guará. Onze policiais militares, duas viaturas e três motos da corporação acompanharam a caminhada, além de uma ambulância do Corpo de Bombeiros.

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Insegurança
A sensação é de insegurança entre os moradores da região. A professora Luciana Rangel, de 44 anos, é uma das pessoas preocupadas com a onda de violência que atinge o DF. “Está muito difícil. No mesmo dia em que aconteceu essa tragédia na porta da escola, uma mulher foi assaltada perto da minha casa”, conta a moradora da quadra 3. “Precisamos chamar a atenção do poder público, que não está fazendo nada pela população”, reclama.

O advogado Luiz Antônio, de 31 anos, saiu de Taguatinga para participar da caminhada. “A violência está demais no DF. Agora é o momento de nos unirmos para tentar mudar o cenário”, acredita. Ele foi aprovado no concurso da Polícia Civil e aguarda ser chamado. “Com a falta de efetivo nas forças de segurança, a população enfrenta crimes cada vez mais bárbaros e os policiais que estão nas ruas ficam sobrecarregados”.

Família
Os familiares de Eli estavam bastante abalados. O pai do servidor estava internado em uma UTI e faleceu na madrugada deste sábado (6). Por conta de seu estado de saúde, não ficou sabendo do que ocorreu com o filho na semana passada.

“Temos que ter justiça. Não dá para seguir assim. As leis deste país estão muito erradas, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a questão da maioridade penal precisam ser revistos”, defende Carlos Roberto Chagas, primo de Eli. “Confiamos muito no trabalho da polícia para que o autor do crime seja preso o quanto antes”, acrescentou.

Às 19h, será realizada uma missa em homenagem a Eli e ao pai. Ela ocorrerá Paróquia Divino Espírito Santo, na QE 32 do Guará.

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