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Idoso transferiu R$ 10 mil para golpistas achando se tratar do filho

Servidor público federal de 65 anos amargou prejuízo ao achar que estava passando a quantia para um parente

atualizado

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PCDF/Divulgação
homem no PC
1 de 1 homem no PC - Foto: PCDF/Divulgação

Deflagrada pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), a operação Sexagenários revelou um esquema criminoso que mirava, principalmente, servidores públicos federais aposentados. As investigações apontaram que, em média, os golpistas faturavam cerca de R$ 12 mil mensais, sem sair de casa. Um dos presos chegou a afirmar ser “difícil resistir” em razão da facilidade em ganhar dinheiro fácil.

No âmbito da operação, os suspeitos detidos na última sexta-feira (26/3) confessaram que o objetivo era sempre fazer três vítimas por semana, provocando um prejuízo de pelo menos R$ 1 mil em cada um, totalizando os R$ 12 mil mensais. O grupo criminoso criava perfis fakes no WhatsApp usando imagens e identificação de familiares e amigos das vítimas. Depois, enviava mensagens aos parentes próximos, sendo que, após uma conversa amistosa, o criminoso solicitava depósito de valores em contas de terceiros.

Em um dos casos, um servidor público federal de 65 anos amargou um prejuízo de R$ 10 mil ao ser convencido por um dos golpistas a transferir a quantia para a conta de um banco digital. No diálogo do qual o Metrópoles teve acesso, o falsário se passa pelo filho da vítima.

Veja:

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Contas recrutadas

O suspeito preso pela DRCC exercia uma função de recrutador e gerente da organização criminosa. A principal missão era “recrutar” contas bancárias que pertenciam a terceiros e seriam usadas no recebimento do dinheiro faturado. Pelo menos três contas eram recrutadas semanalmente.

O acesso às informações das vítimas, em regra, era realizado por intermédio de bancos de dados ilegais disponibilizados na internet, plataformas sem regras específicas para a liberação de acesso aos serviços prestados. Os criminosos utilizavam infraestruturas de venda ilegal de dados por meio dos quais buscavam números telefônicos de pessoas próximas da vítima.

Como evitar

Segundo o delegado da DRCC, Dário de Freitas Júnior, como orientação para se evitar o golpe, recomenda-se não passar qualquer tipo de informações ou código por telefone. “Sempre desconfie de ligações que solicitem a confirmação de recebimento de um número por SMS. Em caso de conversas apenas pelo app, ligue ou peça para a pessoa retornar à ligação a fim de ter certeza que não se trata uma fraude. Por fim, ative a verificação em duas etapas. Desse modo, ainda que o criminoso obtenha o acesso ao código enviado por SMS, ele não conseguirá acessar sua conta”, ensinou.

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