Homem que agride a ex há mais de 20 anos é preso em operação policial

Operação Átria começou em 27 de fevereiro e vai até 28 de março. Só neste 8 de março, a PCDF prendeu dezenas de suspeito de agredir mulheres

atualizado 08/03/2023 12:52

Na fotografia colorida, o homem aparece na frente ameaçando agredir a mulher que tenta se proteger no chão Hugo Barreto/Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu 135 mandados de prisão contra homens suspeitos de violência doméstica na Operação Átria, realizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que tem abrangência nacional.

Um dos presos vem cometendo injúria, agressão e ameaça contra a ex-mulher desde 2002. A vítima registrou diversas ocorrências contra o autor, e ele chegou a ser preso cinco vezes. Os nomes deles não foram divulgados.

“É um autor de grande periculosidade que descumpre medidas protetivas e agride a mulher em um ciclo. Mais uma vez nós cumprimos o mandado de prisão contra ele, mas sabemos que só isso não é suficiente”, disse a delegada Letícia Lourenço, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2.

Operação

A Operação Átria começou no dia 27 de fevereiro e vai até 28 de março. Só nesta quarta-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher, considerado “dia D” das ações, a PCDF prendeu dezenas de homens por violência contra a mulher.

Foram apreendidas 22 armas brancas e 18 armas de fogo com os suspeitos.

Desde o início da operação foram concedidas 968 medidas protetivas de urgência, que visam proteger a integridade e a vida da mulher.

A operação também promove ações educativas, como palestras, orientações e cursos.

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Átria

Átria é o nome da principal estrela da constelação denominada “Triângulo Austral” do hemisfério estelar sul. Ela tem uma coloração alaranjada e consta na bandeira do Brasil, em destaque.

Em alusão à posição da estrela, a operação objetiva reposicionar a mulher, retirando da condição de vítima e a pondo em evidência.

Feminicídio

O número de tentativas de feminicídio com uso de arma branca cresceu 27% no Distrito Federal, em 2022, segundo dados da PCDF.

De janeiro a dezembro do ano passado, a corporação contabilizou 42 casos de mulheres feridas por objetos de corte e perfuração. No mesmo período de 2021, ocorreram 33 casos desse tipo.

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