O ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Jorge Eduardo Naime chegou fardado à Câmara Legislativa, na manhã desta quinta-feira (16/3), para prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos de 8 de janeiro. Ele está preso e segue sendo investigado em apurações sobre a tentativa de golpe.
Atualmente preso, Naime chegou a entrar com um habeas corpus preventivo no Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) para ter o direito ao silêncio e para a não obrigatoriedade de comparecer à oitiva, alegando um “receio de que possa sofrer constrangimentos emanados daquela CPI”.

Breno Esaki/Metrópoles

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Outros depoimentos no âmbito da investigação da Câmara Legislativa mostram o número de 600 PMs no efetivoBreno Esaki/Metrópoles

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Naime estava afastado da corporação na data, mas comentou sobre o planejamento da corporação em outros casosBreno Esaki/Metrópoles

Coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, prestando depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara LegislativaBreno Esaki/Metrópoles

Questionado sobre as ações da PMDF naquela mobilização bolsonarista, Naime lembrou de tentativas da corporação para evitar problemas no local, como a operação que tentava retirar o comércio ilegalBreno Esaki/Metrópoles

Ele disse, ainda, que houve uma “máfia do Pix” durante o acampamento golpista de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) em frente ao quartel-general do Exército, em BrasíliaBreno Esaki/Metrópoles
A Justiça atendeu ao pedido, mas o coronel optou por participar da sessão e ser inquirido pelos deputados distritais.
Jorge Eduardo Naime foi preso no âmbito da 5ª fase da Operação Lesa Pátria. Ele pediu folga e foi dispensado na véspera das invasões dos Três Poderes.
Como o Metrópoles revelou, após os atos, a Corregedoria da Polícia Militar iniciou uma apuração para investigar se Naime retardou a tropa intencionalmente para permitir a fuga de manifestantes.
Ainda está prevista para hoje a oitiva do coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, que era comandante do 1° Comando de Policiamento Regional, do Departamento de Operações da PMDF, e acabou exonerado pelo interventor Ricardo Cappelli, dois dias após os atos antidemocráticos. Ele era responsável pelo policiamento da área central de Brasília durante a tentativa de golpe.