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Família enterra bebê jogado no Lago Paranoá pela própria mãe

Poucos amigos e parentes participaram da despedida do pequeno Miguel. Elizângela está presa e fará exames psicológicos

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
bebê gama
1 de 1 bebê gama - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Miguel Santos Carvalho, de apenas cinco meses, foi enterrado nesta quinta-feira (13/4), no cemitério do Gama. A despedida do bebê, que foi jogado pela própria mãe no Lago Paranoá, ocorreu em um clima de comoção. Os poucos familiares que acompanharam a despedida do menino pediram à imprensa que se mantivesse afastada e preferiram o silêncio, entre eles o pai da criança. Ao falar rapidamente com alguns jornalistas, disse apenas que a mulher “é uma boa pessoa” e que ainda tenta entender a tragédia.

No pequeno caixão branco, antes do enterro, foram depositadas flores. Um amigo, que pediu para não ser identificado, disse ao Metrópoles que frequentava a casa da mãe da criança, Elizângela Cruz dos Santos Carvalho, 36 anos, e que conhecia Miguel.

“Era um menino saudável e bonito. Ainda estamos tentando entender o que aconteceu. Os sentimentos estão misturados. Dor e revolta. Uma criança que tinha a vida inteira pela frente. Não há o que explique e nem conforte o coração de quem fica”, desabafou.

Elizângela teve a prisão decretada nesta quinta pela Justiça e ficará na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (Colmeia), separada de outras presas. Na cadeia, ela será submetida a exames realizados por psiquiatras da Polícia Civil.

O menino foi encontrado morto no último domingo (9). Elizângela foi localizada nesta quarta (12), em cima de uma árvore, na QL 26 do Lago Sul. Ela estava desorientada, cabelos despenteados e teria permanecido no local desde a morte do seu bebê.

Viagem sem volta
De acordo com o titular da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), Plácido Sobrinho, ela confessou ter jogado a criança no lago. À polícia, a família contou que ela passava por problemas psicológicos e chegou a enviar uma mensagem no WhatsApp avisando que faria uma “viagem sem volta”.

De acordo com parentes, Elizângela passava por um quadro de depressão e saiu de casa na sexta-feira (7/4) com o bebê, de cinco meses, e outro filho, de 4 anos. O menino mais velho foi encontrado vagando sozinho em Santa Maria, onde a família mora. Antes de o bebê ser encontrado morto, Elizângela também teria passado horas caminhando perto do Lago Paranoá. Uma testemunha chegou a ver a mulher vagando sozinha por uma avenida do Lago Sul.

O pequeno Miguel foi achado boiando nas proximidades da Península dos Ministros, no Lago Sul. O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado às 17h09 do domingo por um piloto de jet ski que passava próximo ao local. O bebê vestia calça de moletom amarela, camiseta regata com desenhos de barcos e tinha uma chupeta azul presa à roupa por uma fita de mesma cor, além de usar um broche em formato de hipopótamo.

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