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Escorpião lidera acidentes com animais peçonhentos no DF: foram 1.207 casos

Dos 1.616 registros junto à Vigilância Epidemiológica, 1.207 foram originados por escorpiões

atualizado

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Raimundo Sampaio/Especial para o Metrópoles
Escorpião amarelo dentre de um pote de vidro com um líquido transparente
1 de 1 Escorpião amarelo dentre de um pote de vidro com um líquido transparente - Foto: Raimundo Sampaio/Especial para o Metrópoles

A Vigilância Epidemiológica registrou, de janeiro a agosto de 2020, 1.616 acidentes com animais peçonhentos no Distrito Federal. A maior parte dos casos foi de picadas de escorpiões: um total de 1.207 acidentes envolvendo o animal. Também há registro de ocorrências com serpentes, aranhas, abelhas e lagartas.

A notificação é compulsória e os números são monitorados pela Vigilância Epidemiológica, que repassa os dados ao Ministério da Saúde.

A partir das informações é possível prever o estoque necessário de soros contra os diferentes venenos e assegurar a reposição dos estoques ao longo do ano nas unidades de saúde brasilienses.

O escorpião gosta de se esconder em materiais de construção, caixas de esgoto, entulho, frestas e buracos em paredes, além de caixas de fiação elétrica, de telefone e tomadas abertas.

É  necessário redobrar os cuidados para evitar o aparecimento de baratas, pois elas são a fonte de alimento desses animais.

A estação chuvosa propicia o aumento de ocorrência de solicitações de captura de escorpiões no DF. No entanto, a Diretoria de Vigilância Ambiental, responsável pelo atendimento das ocorrências, registra chamados durante todo o ano. A unidade alerta que não existe inseticida comprovadamente eficaz para combater escorpiões.

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Quem chamar?

A Vigilância Ambiental deve ser acionada em caso de surgimento de escorpiões, aranhas, lagartas e lacraias pelos números 160 e 2017-1344 ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail.

Ao receber a ligação ou e-mail, os técnicos da Vigilância Ambiental fazem o agendamento da inspeção. No momento da ligação, são passadas orientações ao morador, indicando como proceder enquanto a inspeção não é realizada.

Após o agendamento, uma equipe é enviada à residência e faz a coleta dos animais, com busca em caixas de esgoto, entulhos e outros locais. Ou seja, a equipe da Vigilância Ambiental faz a captura, o monitoramento e a identificação do bicho e das condições do local onde ele foi encontrado, repassando à população medidas preventivas e de controle de escorpiões, aranhas, lagartas e lacraias.

Se o problema for com abelhas, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo telefone 193. Se o animal for uma serpente, é preciso chamar o Batalhão de Polícia Ambiental, da PMDF, pelo 190.

Embora a Vigilância Ambiental não faça captura de abelhas e cobras, cabe ao órgão a orientação e a educação da população sobre os cuidados de prevenção para evitar acidentes com tais espécies.

Neste ano, a Vigilância Ambiental recebeu 1,2 mil solicitações de inspeções ou retirada de animais peçonhentos.

Atendimento na rede pública

Em caso de acidentes com animais peçonhentos, o paciente deve procurar o mais rápido possível a emergência do hospital regional ou UPA mais próxima para o atendimento e, se necessário, receber o soro compatível.

Atendimentos desse tipo estão suspensos no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), referência no DF no tratamento do novo coronavírus no DF. Em vez dele, a população deve se dirigir ao Hospital Regional do Guará ou outro nas proximidades. (Com informações da Agência Saúde DF)

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