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“Enfermagem pede socorro”: servidores protestam contra agressões no DF

De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros do DF, apenas nesta semana, quatro servidores da Secretaria de Saúde sofreram agressões

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Servidores públicos da saúde reuniram-se, na manhã desta quinta-feira (23/6), para protestar contra os casos de agressão física registrados nos últimos dias por funcionários da enfermagem do Distrito Federal. Com o lema “A saúde pede socorro”, os manifestantes levaram cartazes para o ato na Unidade Básica de Saúde 9 (UBS) de Ceilândia, no P Sul.

De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros do DF, apenas nesta semana, quatro servidores sofreram violências. Os casos ocorreram em Ceilândia, São Sebastião e Planaltina.

“Agora, só está faltando a gente tomar um tiro, porque todo dia estamos apanhando. Estamos manifestando a nossa revolta desses casos que estão acontecendo por falta de estrutura, profissionais e equipamentos. Não vamos mais aceitar isso”, defende a presidente, Ursula Nepomoceno.

Veja imagens do protesto:

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Nessa quarta-feira (22/6), a técnica de enfermagem Débora Evelin, 35 anos, foi agredida após informar para uma paciente que não havia médico para trocar uma receita na UBS 9. Ela atuava na triagem da unidade e acabou levando socos de uma mulher, de 52, após informar que não haveria psiquiatra para assinar receita de psicotrópico.

“Eu estava atendendo e, aí, chegou essa paciente, gritando, acho que já chegou em surto. Ela pedia para trocar a receita, mas eu falei que não tinha como trocar essa receita agora, porque não havia psiquiatra. Mas ela falou: ‘Você vai trocar’. Eu estava de cabeça baixa e, quando levantei o rosto, ela já veio com um monte de soco em mim, acho que ela estava com alguma coisa na mão”, relatou (veja o vídeo abaixo).

“Quando falaram que chamaram a polícia, ela fugiu. Não conseguiram segurá-la. Mas ela estava gritando muito dentro da UBS”, continuou.

O caso é investigado pela 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia). A agressora foi identificada, embora tenha fugido do local após o crime de lesão corporal.

Segundo Debora Evelin, outra colega da Secretaria de Saúde também sofreu agressão, na segunda-feira (20/6), por um bombeiro e por motivos parecidos. Ambas se encontraram na unidade policial de Ceilândia. A servidora acabou precisando imobilizar o braço machucado.

Segurança frágil

Para o Conselho Regional de Enfermagem do DF (Coren), a segurança das unidades de saúde é frágil. “Os profissionais estão expostos à violência. É necessário reforçar tanto o sistema de vigilância quanto o de segurança, em nossa opinião”, manifestaram-se, em nota.

“Nós não aguentamos mais essa situação. Já mostramos dezenas de casos de violência, e estamos cobrando providências, mas as autoridades competentes não se movem. Estamos à mercê de agressões, sem proteção adequada. A enfermagem pede socorro”, reclama o presidente do Coren-DF, Elissandro Noronha.

O que diz a Secretaria de Saúde

Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria de Saúde confirmou ter sido notificada sobre o caso e afirmou que a profissional foi atendida na própria unidade e orientada a registrar ocorrência.

“A pasta repudia atos de violência e ressalta que desacato a servidor público no desempenho de suas funções pode configurar crime, previsto no código penal”, reforçou.

A secretaria responsável pela pasta, Lucilene Florêncio, manifestou-se solidária à causa dos servidores da saúde. “Reconhecemos as carências e os déficitis em cada unidade de saúde. E estou fazendo um remanejamento de equipes para que não haja uma deficiência que se reflita na população. Peço, mais uma vez, respeito e empatia pelos trabalhadores.

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