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Empresário que arrastou vendedora por 100m no DF é indiciado por roubo

A namorada dele também foi indiciada pelo mesmo crime. Em depoimento, casal disse que era uma brincadeira

atualizado

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1 de 1 willian-wesley-lelis-vieira - Foto: Reprodução

A Polícia Civil do DF indiciou, nesta quarta-feira (26/06/2019),  Willian Weslei Lelis Vieira e Larissa Alves de Andrade da Cunha por crime de roubo, com aumento de pena pelo concurso de pessoas. Ele dirigia o carro que arrastou por mais de 100 metros a vendedora de balões Marina Izidoro de Morais, de 63 anos, na saída de uma festa junina na Área Especial 1, em Taguatinga Sul, no dia 15/06/2019. A namorada estava no banco do passageiro e puxou os balões aos quais a vítima estava amarrada.

A pena varia de quatro a dez anos e pode ser aumentada em até um terço. Segundo a PCDF, o indiciamento resultou de diligências realizadas pela 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro). De acordo com as investigações, restou comprovado que ambos, agindo de comum acordo e com divisão de tarefas, subtraíram os balões da vítima, arrastando a mulher, gerando lesões corporais nela.

A PCDF informa que o inquérito policial está em fase final e, em breve, será encaminhado ao Poder Judiciário para análise. O delegado que investigou o caso não se manifestou à imprensa.

Para Marina Izidoro, o que houve com ela foi tentativa de homicídio: “Tem que ser considerado algo a mais. Ainda vou falar com meu advogado, mas não concordo com essa decisão”. O Metrópoles tenta contato com a defesa do casal.

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Willian Weslei Lelis Vieira está com o direito de dirigir suspenso. Além disso, acumula infrações de trânsito e denúncias registradas na Polícia Civil do DF. Entre fevereiro de 2016 e maio de 2019, a Mercedes-Benz de Willian foi flagrada cometendo nove infrações por excesso de velocidade e quatro por estacionar em local proibido, além de ter provocado um acidente de trânsito sem vítimas. As multas foram expedidas pelo Departamento de Trânsito do DF (Detran), Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e Departamento Nacional de Infraestrutura no Trânsito (Dnit).

Agressão

Após ser arrastada, a vendedora de balões disse estar traumatizada e acreditar ter nascido de novo. “Não está doendo nada, só ardendo. Eles me arrastaram e a minha minha cabeça ficou presa entre as rodas do carro. Pensei que fosse morrer”, frisou.

A vítima relatou que trabalhava no local quando o motorista da Mercedes-Benz se aproximou dela e pediu três balões. Enquanto a vendedora separava os itens solicitados, a passageira, no banco do carona, pediu um desconto. Como Marina se recusou a vender o produto mais barato, a mulher, que se chama Larissa Alves de Andrade da Cunha, puxou os balões da mão da idosa e fechou o vidro. Nesse momento, o condutor do carro arrancou em alta velocidade.

Depoimento

A oitiva do empresário, que se apresentou na 12ª DP na terça-feira (18/06/2019), durou cerca de duas horas. Ele confessou que estava dirigindo o veículo na noite do ocorrido. Willian disse, ainda, que resolveu fazer uma “brincadeira” e não percebeu que a mulher estava presa ao carro.

Ajuda

O caso gerou grande repercussão no Brasil. Inconformados com o episódio, vários leitores do Metrópoles buscaram informações sobre como ajudar Marina. Até mesmo uma vaquinha virtual foi criada para auxiliar a moradora de Taguatinga.

“Estou surpresa e muito contente com toda a solidariedade que venho recebendo. Muitos me procuraram, e assim percebo que ainda é possível acreditar na bondade e compaixão das pessoas”, ressaltou Marina.

 

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