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Ocupação no colégio Setor Oeste provoca confusão entre alunos

Há estudantes contra e a favor da ocupação da escola como protesto pela reforma do Ensino Médio. A PM foi chamada para acalmar os ânimos

atualizado

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Letícia Carvalho / Metrópoles
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1 de 1 WhatsApp Image 2016-10-27 at 13.19.34 - Foto: Letícia Carvalho / Metrópoles

Uma das seis escolas ocupadas no DF por estudantes contra a reforma do Ensino Médio e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 — que estabelece teto para aumento dos gastos públicos nas próximas duas décadas — foi palco de confusão na manhã desta quinta-feira (27/10).

Alunos do Centro de Ensino Médio Setor Oeste contrários à manifestação, que ocorre desde a última terça-feira (25), se reuniram e intensificaram o debate com os integrantes da ocupação. Policiais Militares do DF foram acionados para tentar acalmar os ânimos dos dois grupos.

Mãe de uma das alunas do colégio, Suely de Aquino Maffia, 51 anos, diz estar inconformada com o rumo do ato. “Não concordo com essa ocupação. É um absurdo menor ditar ordem dentro de uma escola. Nossos filhos têm direito de ter aula”, argumentou.

Segundo Maffia, os pais tentaram entrar em contato com a Secretaria de Educação, mas não tiveram resposta. Agora, eles vão levar o caso para a Promotoria da Educação.

“Fizeram uma reunião na terça-feira e decidiram que iam ocupar a escola. Mas essa decisão não foi unânime. Muitos alunos não concordam. Eu não concordo. Semana que vem já é o Enem. E o que faremos?”, apontou Victoria Maffia, estudante do 1º ano do ensino médio.

Por volta das 12h30, professores do colégio se reuniram com representantes dos movimentos e apresentaram uma proposta para que as aulas sejam retomadas amanhã, em forma de aulões de revisão para o PAS e o Enem, e as que as chaves da instituição sejam entregues à administração da escola. A ideia será avaliada em uma assembleia com os integrantes da ocupação na tarde desta quinta.

A reportagem tentou conversar com os jovens que estão acampados na escola. No entanto, os estudantes preferiram não se manifestar naquele momento. Em nota, a Secretaria de Educação informou que “tem mantido constante diálogo com os alunos buscando a desocupação das escolas de maneira pacífica, e também para garantir que as aulas ocorram normalmente, sem que haja prejuízo dos conteúdos ofertados”.

Letícia Carvalho / Metrópoles

A Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendou a abertura imediata de negociação pacífica com os estudantes que ocupam ou venham a ocupar ilegalmente escolas públicas do DF, para que o movimento não prejudique o funcionamento da rede.

A Secretaria de Educação tem 10 dias para enviar à Proeduc o relatório de todas as medidas adotadas para o cumprimento da recomendação.

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