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Startup cria solução para baixar custos de microempresas no pós-pandemia

B.In Club nasceu em Brasília e, por meio digital, oferece serviços e consultorias para ajudar o empreendedor a seguir no mundo dos negócios

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 salao-beleza-abertura-pandemia-df3 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma startup brasiliense promete reduzir custos operacionais de microempresas e empreendimentos que começam a se planejar para sair do papel nos próximos dias. O alvo também está nas pessoas jurídicas que ainda não fizeram a transição para o mundo virtual.

A ideia da B.In Club é criar a possibilidade de adesão de usuários por meio de pacotes, com assinatura básica mensal, para ter acesso a serviços como contabilidade fiscal, aquisição de certificação digital com o valor reduzido, por exemplo, a depender do módulo contratado.

Além disso, a plataforma disponibilizará espécie de consultoria tributária, jurídica e de gestão empresarial online, com o objetivo de evitar que neófitos no mercado acabem efetuando pagamentos não obrigatórios e, com isso, gerar prejuízos não previstos. Em alguns casos, há redução de até 80% dos impostos.

Para se ter ideia, estudo recente feito pelo Indicador de Nascimento de Empresas, da Serasa Experian, identificou a abertura de mais de 343 mil novos negócios no comparativo de fevereiro passado e o mesmo mês de 2020. Esse número revela uma expansão de mais de 27% de negócios próprios.

De olho nessa considerável fatia, a B.In Club quer auxiliar os novos negócios voltados para o momento pós-pandêmico e orientar para que os investimentos cheguem diretamente à empresa, sem correr o risco de gastos imprevistos.

Empreendedorismo digital

Professor de Administração no CEUB e especialista em gestão pública, Oto Tertuliano explica que a contabilidade digital pode ser um dilema cultural e é normal que os empresários brasileiros sejam desconfiados nesta questão.

“O ambiente de negócio onde nós estamos inseridos é muito nocivo, com cargas tributárias muito altas. Então, tem muita discussão sobre o motivo pelo qual o empresário não se digitalizou ainda.

A criação da startup se deu durante a instabilidade gerada pela crise sanitária, quando inúmeras empresas fecharam as portas definitivamente logo após os decretos da quarentena e isolamento social.

Um dos fundadores, Alexandre Barros lembra que, inicialmente, focou o novo negócio nos poucos segmentos que foram menos impactados, como salões de beleza e clínicas odontológicas.

“Naquele momento eu pensei na relação de trabalho entre o salão e o cabeleireiro terceirizado. Nesse cenário, o valor do lucro nem sempre é dividido de forma justa. Para a contabilidade conseguir fazer essa divisão justa, é preciso um sistema onde seja criado uma nota fiscal já mencionando isso, quanto pertence ao salão e quanto é do profissional, por exemplo”, explicou.

Com o tempo, outros módulos foram sendo incluídos na plataforma e, atualmente, o maior diferencial da B.In Club é a rastreabilidade que o empreendedor pode ter, com todas as entradas e saídas, pagamentos de tributos e taxas.

“A gente pega o operacional da contabilidade digital e junta com a relação humana do contato com o cliente”, finalizou.

 

 

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