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Doações ajudam moradores desabrigados após desabamento de prédio no DF

Dona de uma loja de ar-condicionado da vizinhança abriu as portas do comércio para recolher roupas e alimentos aos moradores

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Doações de roupas para as vítimas do desabamento do prédio em Taguatinga
1 de 1 Doações de roupas para as vítimas do desabamento do prédio em Taguatinga - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Uma loja de aparelhos de ar condicionado para veículos, localizada em frente ao prédio que desabou em Taguatinga Sul, na última quinta-feira (6/1), abriu as portas a fim de receber doações para os moradores desabrigados.

O espaço recolhe roupas, sapatos, cobertores, fraldas descartáveis, panelas, marmitas e cestas básicas. “No mesmo dia, decidimos dar esse suporte às famílias. Tem vindo muitas pessoas, todos os dias, para buscar ajuda e também para doar”, comentou Samara Campos, 44 anos, dona do comércio.

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O desabamento parcial do edifício deixou mais de 100 pessoas e 26 famílias desabrigadas. A auxiliar de limpeza Terezinha de Maria, 65, está sem os remédios de pressão e diabetes. A mulher deixou tudo para trás quando teve de evacuar o apartamento.

“Nossa vida ficou lá. Ontem, passei mal sem os remédios e tive de tomar de uma amiga minha. E, pelo que eu tô vendo, não vão pegar nada nosso, não, já dei como perdido. Graças a Deus, estão doando, porque não temos condição de comprar nada agora”, emocionou-se.

Terezinha está hospedada em um hotel com o filho e o neto. Agora, a mulher procura um novo lar. “É um dor muito grande perder tudo, meu suor tá todo aí dentro. Tinha comprado colchão novo, gás de cozinha tava cheio, está tudo lá dentro”, lamentou.

Na manhã desta terça-feira (11/1), garis do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) trabalham para retirar o lixo acumulado ao redor do prédio. Além de retirar mais de 30 sacos de lixo, a equipe cortou o mato das calçadas.

Prédio irregular

Além de não ter registro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (Crea-DF) para a construção do 5º andar, o prédio não tinha alvará de construção ou carta de Habite-se, portanto, era irregular. A informação foi confirmada pelo Governo do Distrito Federal ao Metrópoles.

Ainda segundo o GDF, a obra não foi autorizada pela Central de Aprovação de Projetos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), e sequer houve solicitação de licenciamento para o projeto.

A equipe de monitoramento do prédio que caiu parcialmente em Taguatinga Sul na última quinta-feira (6/1) utilizou drones para vistoriar a estrutura da edificação nesta segunda-feira (10/1). Na terça-feira (11/1), a Defesa Civil decidirá se o prédio será liberado para que profissionais possam resgatar pequenos pertences.

A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e pela Defesa Civil. A princípio, a estrutura seria interditada por 72h, mas o prazo foi estendido. Engenheiros da Novacap ainda analisarão as imagens coletadas pelo drone a fim de avaliar o impacto das águas das chuvas no prédio.

Avaliação

Também nesta terça-feira (11/1), a Defesa Civil liberará parte da área em frente ao prédio para o Detran-DF refazer o balizamento e o SLU realizar a limpeza.

Ainda não há prazo definido para que a guarnição do Corpo de Bombeiros entre no edifício a fim de resgatar pequenos pertences de moradores. Neste meio tempo, qualquer pessoa continua impedida de entrar no local.

Na manhã desta segunda-feira, a Defesa Civil divulgou que o prédio afundou 4 metros e inclinou 50 centímetros para frente. Toda a estrutura continua instável.

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