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DF: ladrões de carga amarravam e miravam arma para caminhoneiros

Modo violento como criminosos agiam chamou atenção de investigadores. Duas pessoas ainda são procuradas

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles
1 de 1 Hugo Barreto/Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A violência de um grupo que assaltava caminhoneiros em Brasília e no Entorno foi o que mais chamou a atenção da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Os criminosos foram presos na manhã desta sexta-feira (21/02/2020), mas eram investigados desde agosto do ano passado.

O delegado André Luis Leite, da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), explicou que os crimes de roubo a carga não são comuns no Distrito Federal, devido à forte fiscalização. Por isso, o bando agia mais no Entorno, em área mais “ermas”. “Eles agiam em locais de pouca fiscalização”, afirmou o policial.

Veja vídeo da operação:

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Os participantes da Operação Celari disseram que a truculência do grupo nas abordagens aos caminhoneiros era assustadora. O bando ameaçava os profissionais com armas apontadas para a cabeça e deixava os condutores amarrados em locais isolados, enquanto as cargas eram levadas.

Revenda

Os produtos eram descarregados em depósitos. A polícia conseguiu encontrar dois lugares usados para armazenamento: no Sol Nascente e em Valparaíso. Em geral, eram roubados aço, botijão de gás, cerveja e óleo.

Depois, a carga era vendida a comerciantes do entorno. Como eram roubados com nota fiscal, não era possível saber da origem ilícita do material. Assim, os revendedores repassavam sem saber das irregularidades.

A operação Celari identificou que os criminosos atuavam há cerca de um ano. Dos nove crimes praticados, quatro foram no DF (Planaltina, Gama, Santa Maria e SIA) e cinco no Entorno (Contagem, Padre Bernado, Alexânia e Valparaíso). A preferência dos bandidos era atacar de madrugada.

Nas buscas, foram encontradas duas armas de fogo, munição de fuzil, porções de cocaína e uma balança de precisão. Ao todo, 15 mandados de prisão foram cumpridos, com o resultado de 13 pessoas presas. Duas ainda são procuradas. Os bandidos vão responder por organização criminosa, roubo, receptação e porte ilegal de arma de fogo de uso irrestrito.

 

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