Alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal ficaram sem aula, na manhã desta terça-feira (14/3), devido à assembleia geral agendada pelos professores da capital do país. Até a mais recente atualização desta reportagem, a Secretaria de Educação (SEDF) não havia informado o número de escolas afetadas.
“Os professores têm autonomia para comparecer ou não à assembleia desta terça-feira [14/3]. Os estudantes que não tiverem aulas hoje terão reposição posteriormente”, informou a pasta, por meio de nota.
O tema da assembleia será a campanha salarial de 2023, com reestruturação da carreira.
O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) informou que a paralisação ocorre de maneira parcial e cabe a cada educador decidir se participará da reunião.
“Cerca de 80% da categoria aderiu ao movimento. São quase 700 escolas públicas em todo o DF, e estamos há oito anos sem nem R$ 1 de reajuste salarial. Não dá mais. A categoria está empobrecida. Nosso vencimento básico está abaixo do piso nacional. É uma vergonha para a capital do país”, critica o diretor do Sinpro-DF Samuel Fernandes.
A categoria pretende definir, também, a pauta de reivindicações entregue ao Executivo local. “Caso o governo não apresente uma proposta para reestruturação de nossa carreira, temos uma próxima assembleia agendada, com indicativo de greve. Nossa categoria vai para a luta, para garantir nossos direitos”, acrescentou Samuel.
A diretoria colegiada do Sinpro-DF ressalta ser essencial a mobilização das escolas, tanto de professores efetivos como de temporários e aposentados, bem como a participação massiva da categoria do magistério público.