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DF: conselheiros tutelares que forem ameaçados poderão adotar teletrabalho

Sejus tomou a decisão após dois servidores serem ameaçados de morte durante o exercício da profissão

atualizado

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A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) afirmou, nesta sexta-feira (17/7), que irá colocar, em regime de teletrabalho, os conselheiros tutelares que foram ameaçados ou agredidos após atendimentos.

A medida ocorre após dois servidores serem ameaçados de morte por pais que perderam a guarda por questões de violência familiar.

Um dos primeiros contemplados com a medida é o servidor Eduardo Rezende. Recentemente, ele foi ameaçado de morte por pais de uma bebê de 28 dias encontrado morto em um quarto de hotel em Ceilândia. O casal acabou preso à época do crime e perdeu a guarda da irmã mais velha da vítima, encaminhada a um abrigo.

Desde então, Rezende passou a ser perseguido e ameaçado pela dupla. Chegou com a mochila virada pra frente, fazendo gestos e mencionou que precisava falar comigo. Disse que ia encontrar comigo e que ia me ensinar tête-à-tête como se retira uma criança das famílias”, conta o profissional.

Após o fato, o conselheiro registrou ocorrência na 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro). “Temo mais é pela covardia, estamos muito expostos. Expostos a tomar um tiro porque não há mínima segurança para que exerçamos nosso trabalho”, desabafou.

Segundo a pasta, “todo o conselheiro que solicitar teletrabalho terá o seu pedido atendido”. A Sejus trabalha com a Secretaria de Segurança do DF para traçar novas medidas de segurança ao exercício profissional lda categoria.

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Outro caso

Nesta quarta (15/7), o Metrópoles mostrou outro caso. Desta vez, a vítima é um servidor do Conselho Tutelar do Gama.

O conselheiro Warlei Marques afirmou que o suspeito de proferir as ameaças foi preso em flagrante pela equipe da 20ª Delegacia de Polícia (Gama). O criminoso teria tentado agredir os conselheiros tutelares fisicamente na unidade policial.

As agressões começaram após o homem, que é pai de duas crianças, ser obrigado a entregar os meninos para a mãe, que não mora no Distrito Federal.

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