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DF: conheça o mergulhador que resgata objetos perdidos no Lago Paranoá

O valor do serviço varia de acordo com o objeto perdido a ser localizado. Magalhães atua como mergulhador profissional do CBMDF há 24 anos

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
Magalhães mergulhador de busca e resgate de objetos perdidos no Lago Paranoá
1 de 1 Magalhães mergulhador de busca e resgate de objetos perdidos no Lago Paranoá - Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br /> @hugobarretophoto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-2"></div></div></p>

O Lago Paranoá é um dos pontos de lazer mais frequentados do Distrito Federal. Muitos brasilienses aproveitam os dias ensolarados para praticar esportes aquáticos, dar um mergulho ou somente para apreciar a vista do local. Diante disso, é comum que os frequentadores levem consigo celulares e pertences pessoais, que podem, por um pequeno descuido, cair na água e dar uma baita dor de cabeça ao dono.

Com o objetivo de ajudar pessoas a recuperarem seus bens, o mergulhador profissional do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) Edvilson Magalhães, 50 anos, atua, nas horas vagas, na busca e no resgate de objetos perdidos no Lago Paranoá, nos rios e nas cachoeiras das proximidades da capital da República.

Ao Metrópoles Magalhães conta que, naturalmente, começou a ajudar as pessoas. Mergulhador da ativa há 24 anos, ele comenta que o primeiro resgate de objeto aconteceu quando o acionaram para localizar, na água, um telefone celular, avaliado em cerca de R$ 5 mil.

“Muitas pessoas me procuram na esperança de achar o aparelho, principalmente iPhones, que são mais resistentes e à prova d’água. Espera-se que estejam funcionando e em boas condições. Até 10 metros de profundidade, a maioria dos aparelhos recuperados voltam ao normal e, aparentemente, sem ter entrado água. A recuperação nesses casos é de praticamente 100%”, destacou.

Veja fotos e assista imagens de buscas feitas pelo mergulhador:

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Assista:

O militar recupera não apenas celulares, mas, também, outros itens de valor, como cordões, alianças e pulseiras de ouro, relógios e óculos.

Os pedidos de buscas por objetos nas águas do lago, dos rios e das cachoeiras ocorrem entre três a quatro vezes por semana. O valor do serviço varia de acordo com o objeto perdido a ser localizado.

“Hoje, a gente avalia o bem perdido, e costumo cobrar 1/3 do valor para recuperar o item. Existe todo um custo de deslocamento, além de preservar o meu bem maior, que é a vida. Também preciso de uma taxa mínima para fazer o trabalho, mesmo se eu não encontrar o objeto. Dependendo do item, certas vezes, nem vale a pena descer na água. Nem para mim, nem para a pessoa que perdeu o seu pertence.”

Magalhães explica que existe toda uma logística e paramentação para garantir a segurança do profissional na atividade de mergulho, que, por sua natureza, oferece riscos.

Além de todo o equipamento de proteção individual, constituído basicamente por cilindros de mergulho, válvula, colete equilibrador, capacete de mergulho profissional, nadadeira, máscara e roupa seca, é primordial uma boia de sinalização para servir de guia na busca circular, fundamental para a atividade.

O mergulhador também conta com a ajuda de um detector de metais, equipamento que faz a varredura do fundo da água para localizar um objeto.

Objetos improváveis

Ele também já conseguiu recuperar objetos inusitados, como uma prótese usada por alguém que havia perdido parte da perna.

“Achei uma perna mecânica. Tentei procurar a pessoa que perdeu, mas não encontrei. Ela já estava no fundo da água havia algum tempo”, disse.

Sobre o tempo debaixo d’água para localizar itens perdidos, o profissional frisa que o mergulho vai depender muito das informações prestadas, da sinalização do local, da referência de onde está o objeto e da localização fixa por GPS, que ajudam muito na prestação do serviço.

“A direção do vento também é importante. Informações mínimas fazem toda a diferença. Em águas paradas, o objeto não vai correr. Em profundidade, o ambiente seguro é de até 10 metros. Já cheguei a 30 metros e encontrei o celular perdido”, frisou.

“Em alguns casos, com informações precisas, fazendo o mergulho o quanto antes e na apneia mesmo, já é possível encontrar o pertence. Há buscas que duram cerca de cinco minutos. Em cachoeiras e rios, é um pouco mais complicado”, acrescentou.

Mídias sociais

Em seu perfil no Instagram @magalhaesmergulhador, o mergulhador conta com mais de 150 mil seguidores e posta diariamente vídeos e fotos do resgate de diversos objetos encontrados por ele no fundo do lago e em diferentes pontos.

O profissional aconselha a população para que não procure objetos pessoais na água, por conta própria.

“Um pedido e orientação que eu quero deixar é para que as pessoas nunca tentem fazer isso sozinhas. Sem conhecimento, podem acabar arriscando a própria vida. Não é recomendado buscar objetos no fundo do lago sem preparo para isso”, orientou.

Aqueles que desejarem conhecer um pouco mais sobre o trabalho do mergulhador e acioná-lo para um serviço podem entrar em contato pelas mídias sociais ou pelo número (61) 99642-6623.

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