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Coronel expõe em CPI fragilidades da PMDF: “Inteligência por ‘zap'”

Ex-chefe do Centro de Inteligência da PMDF defende setor “cognitivo” da corporação em CPI, mas expõe fragilidades, como uso de WhatsApp

atualizado

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Fotos: Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
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O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Reginaldo de Souza Leitão (foto em destaque), ex-chefe do Centro de Inteligência, expôs fragilidades do setor “cognitivo” da corporação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Em depoimento na manhã desta quinta-feira (16/11), ele relatou, por exemplo, o uso de grupos de “zap” para repasse de informações de inteligência.

“Sobre o dia 12 [de dezembro de 2022] e o dia 8 [de janeiro de 2023], foi utilizada a inteligência corrente. E a inteligência corrente, infelizmente, a gente utiliza WhatsApp. Isso já foi tratado em outras sessões. Não deveria ser WhatsApp, deveria ter uma rede segura de informação, mas é fato, a gente utiliza o WhatsApp”, relatou aos deputados distritais.

Acompanhe ao vivo:

O coronel iria depor na CPI em 26 de outubro, mas apresentou atestado válido entre 6 e 30 de outubro. A oitiva de hoje é a última dos trabalhos de investigação da Câmara Legislativa.

No depoimento, o coronel fez um longo discurso antes das perguntas dos distritais. Hoje lotado na Divisão de Infraestrutura da Polícia Militar, ele defendeu a atuação da Inteligência da PMDF contra atos antidemocráticos, mas comentou sobre limitações do setor.

“Para ter infiltrado [no Quartel-General], ele tem que estar protegido por uma ação judicial. A PM não tem essa competência. A gente tinha policiais da inteligência nas áreas próximas, em volta, ao redor, e, eventualmente, a gente fazia aproximações nas áreas. Eu não tinha agente do CI [Centro de Inteligência] infiltrado no acampamento.”

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Leitão também disse que golpistas estavam armados no 8 de janeiro, com uso de arma de choque, e pontuou a periculosidade dos estilingues com bolas de gude.

O coronel ainda ressaltou que a Polícia Militar não tem competência para realizar trabalho de investigação. “A investigação é ação das polícias judiciárias. […] Às vezes se entende que, por ser da área de inteligência, se sabe tudo. E não é assim”, declarou.

Sobre a tese de “apagão na inteligência”, ele foi enfático: “Esse apagão não houve”. O coronel citou que o principal grupo de WhatsApp com informações sobre o dia 8 de janeiro tinha mais de mil mensagens, sendo que cerca de 800 eram do Centro de Inteligência.

O coronel da PM é a última pessoa a ser ouvida pelo colegiado. O relatório da CPI da Câmara Legislativa, feito por Hermeto (MDB), está sendo concluído e será apresentado e votado em 29 de novembro.

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