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Coronavírus: DF terá 1.300 respiradores e 900 leitos de UTI

Saúde diz que o momento ainda é “preocupante”, mas o isolamento social e as medidas tomadas pelo governo geraram resultados positivos

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Comando Conjunto Planalto realiza a desinfecção da Estação Central do metrô em Brasília
1 de 1 Comando Conjunto Planalto realiza a desinfecção da Estação Central do metrô em Brasília - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O Distrito Federal se prepara para ter 1.300 respiradores e 900 leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) para enfrentar o pico do novo coronavírus. A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde nesta sexta-feira (03/04).

O DF possui 500 respiradores, itens necessários para tratamento de casos graves. Atualmente, dos 400 pacientes com coronavírus no DF, 18 estão nesta situação. Segundo o secretário de Saúde, Francisco Araújo, o DF busca conseguir mais 200 junto ao Ministério da Saúde.

O Governo do DF (GDF) trabalha na compra de 600. Além disso, a secretaria tem a expectativa de receber doações e reparar pelo menos 20 equipamentos.

A rede pública local conta com 128 leitos com suporte respiratório e 200 de retaguarda, caso sejam necessários. De acordo com Araújo, hoje 500 leitos públicos de UTIs no total e está caminhando para ter 900 à disposição da população.

Parte dos novos leitos de UTI já está contratada. Dentro dos próximos dias, os demais serão efetivados. A ativação destes leitos e dos novos respiradores ocorrerá conforme o cenário de disseminação da doença. A ideia é não acioná-los sem necessidade.

O secretário enfatizou que não há desabastecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os servidores púbicos. “Na rede, não falta. Mas não tem em excesso”, ressaltou Araújo. A pasta centralizou os estoques e distribui conforme a demanda.

Isolamento social

Até esta sexta-feira, o DF tem a maior taxa de incidência de Covid-19 no Brasil. De acordo com subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Eduardo Hage, está havendo aumento  da doença, mas dentro do esperado e até abaixo do previsto.

Do ponto de vista da pasta, as ações do GDF e o isolamento social estão gerando resultados positivos.

Hage classifica o momento atual como “preocupante”. “Mas não está havendo exacerbação dos casos”, ressaltou. O controle da disseminação da doença é estratégico para que a rede pública possa tratar e curar os casos confirmados.

Para o secretário adjunto de Assistência à Saúde do DF, Ricardo Tavares Mendes, a população deve respeitar o isolamento social. “A gente não pode relaxar nesse momento. Se a população não colaborar, a gente pode ter um problema sério”, alertou.

Entre a economia e a vida

Do ponto de vista de Tavares, entre a economia e a vida, o mais importante é a vida. No DF, pelo balanço do GDF, cinco pessoas morreram da doença até a manhã sexta-feira. A última vítima foi um sargento da PM.

O governo também destacou que a quarentena e obrigatória para pacientes com a doença. Neste caso, infrações serão respondidas judicialmente.

A pasta também está adquirindo 150 mil testes de coronavírus. Segundo Tavares, inicialmente, a prioridade será checar a situação dos servidores públicos nos hospitais. Na sequência, a testagem será ampliada para a população.

O sistema atual de testagem no GDF está sendo processando as amostras em até 24 horas.

Hran e Mané Garrincha

O governo também confirmou a intenção em tornar o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) em uma unidade exclusiva para tratamento de Covid-19, na medida do possível. Parte dos serviços já foi transferida para outras unidades da rede.

Sem precisar datas, a secretaria declarou que a instalação do hospital de campanha, no Mané Garrincha, segue em marcha para oferecer 200 leitos, inicialmente.

Após reunião com o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), a secretaria decidiu que vai publicizar todos os gastos executados no enfrentamento ao coronavírus.

 

 

 

 

 

 

 

 

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