Conselhos de veterinária: cavalo pintado não sofreu maus-tratos
Conselhos regional e federal de Medicina Veterinária estiveram na hípica nessa terça (24) para avaliar animais usados em atividades lúdicas
atualizado
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Os conselhos Federal (CFVMV) e Regional (CRMV-DF) de Medicina Veterinária avaliaram o cavalo Thor, pintado por crianças em uma atividade pedagógica na escola de equitação da Sociedade Hípica de Brasília. Fiscais também vistoriaram as condições das instalações e o espaço reservado aos animais, bem como as práticas de manejo, e não encontraram quaisquer irregularidades ou indícios de maus-tratos.
A fiscalização ocorreu na tarde de terça-feira (24/7), depois de a polêmica ganhar força na internet. Após verem uma imagem de Thor (foto em destaque) divulgada em redes sociais, ativistas disseram que o animal teria sofrido abusos.
Conforme nota conjunta divulgada pelas entidades fiscalizadoras, profissionais dos conselhos se reuniram com o veterinário responsável pela escola de equitação da Hípica e avaliaram, além das condições de cada equino, critérios de limpeza, tratamento clínico, vacinação, nutrição e exercícios fora das baias. Segundo os conselhos, tudo estava de acordo com critérios de bem-estar animal estabelecidos.
Para a advogada que denunciou o caso e acionou os órgãos ambientais, Ana Paula Vasconcelos, o cavalo usado como “tela” levanta questões éticas, além dos maus-tratos. Para a defensora, trata-se de respeito à dignidade do animal.
“Ele não é um quadro branco que você pode pintar. Enquanto tentamos educar as crianças para que tenhamos uma sociedade mais consciente, que saiba respeitar todas as formas de vida, nos deparamos com uma coisa absurda dessas”, comentou Vasconcelos.
Polêmica nas redes
A denúncia publicada pela advogada e membro da Comissão de Defesa de Direitos dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) já tem mais de 38 mil compartilhamentos e quase 16 mil comentários.
Os internautas se dividem: há quem acha o caso um exagero e os que consideraram a atividade um absurdo.