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Circo Portugal faz campanha on-line para se manter no Distrito Federal

Hoje, oito famílias, com 30 pessoas, dependem exclusivamente da renda circense. Parte da trupe original já deixou a capital na pandemia

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Material cedido ao Metrópoles
Pandemia sem alegria: circo do DF resiste em baixar a lona e luta pela sobrevivência
1 de 1 Pandemia sem alegria: circo do DF resiste em baixar a lona e luta pela sobrevivência - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Neste sábado (27/3), é celebrado o Dia do Circo. No entanto, a categoria não tem muito o que comemorar. Impossibilitados de realizar apresentações devido às medidas restritivas impostas para conter o avanço da Covid-19, os circenses enfrentam diversas dificuldades durante a pandemia para se manter. A crise econômica deflagrada pelo novo coronavírus foi duramente sentida no Circo Real Português, montado ao lado do Estádio Serejão, em Taguatinga.

Com mais de 160 anos de história, o circo fundado ainda nos anos 50 por Antônio Portugal busca recursos para se manter na ativa. Em uma campanha virtual, o estabelecimento pede doações aos brasilienses. Os recursos ajudarão a sustentar as oito famílias, com 30 pessoas no total, que hoje dependem exclusivamente da renda do circo: 10 integrantes da trupe já partiram do DF para tentar a vida em outras unidades da Federação.

“Decidimos manter a lona com a esperança de voltar a colocar o sorriso no rosto das pessoas a qualquer momento. Mas, enquanto isso, ela vai se deteriorando com as chuvas e com a falta de reparo. É tudo muito caro, por isso agora contamos com uma campanha de doações na tentativa de continuarmos com o nosso sonho. Precisamos correr contra o tempo porque a lona não vai passar de cinco meses”, ressalta Juliana Portugal, acrobata e administradora do circo.

Para colaborar com a campanha e ajudar o Circo Portugal é só acessar o site Easy Fundx e clicar na campanha Salve o Circo.

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A administradora conta que as despesas de um circo são altas. Só uma lona nova para sustentar o Circo Portugal custa em torno de R$ 150 mil. Somam-se ainda a taxa de ocupação pública, alvarás, contas de água e luz, transporte e manutenção, além dos salários dos artistas e funcionários.

“Não é à toa que o circo é realmente um ato de resistência e se tornou um símbolo de esperança para todos. No entanto, não imaginávamos que essa situação duraria tanto tempo, e está cada vez mais complicado”, lamenta Juliana.

Caridade

Até aqui, o circo resistiu graças à solidariedade da população, que ajudou com doações de mantimentos em quantidade suficiente para manter as famílias circenses alimentadas durante três meses.

O drive-in foi uma das tentativas de conseguir renda em meio à crise, mas não durou muito tempo no ano passado. Depois, a trupe partiu para a venda de algodão doce, bolos e até máscaras para sobreviver.

“Com muita saudade, a gente se apega às lembranças, à saudade das palmas e dos sorrisos, mas principalmente à confiança de que a alegria vai voltar a reinar por debaixo da nossa lona o quanto antes”, acredita Cleber Portugal que, aos 77 anos, luta ao lado dos filhos e irmãos para continuar com o sonho circense de seu avô.

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