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Carrefour é alvo de protestos após morte de cão em SP e Brasília

Caso causou comoção nacional e repúdio de diversos artistas. Rede promete engajamento nas causas de proteção animal

atualizado

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Luana Araújo/Divulgação
protesto Carrefour
1 de 1 protesto Carrefour - Foto: Luana Araújo/Divulgação

Ativistas da causa animal promoveram manifestações em frente ao Carrefour, neste sábado (8/12). Os protestos em Osasco (SP) e Brasília (DF) acontecem após o assassinato de um cão na unidade da rede, na semana passada. O vídeo do momento em que o segurança da empresa mata o animal com uma barra de ferro circulou nas redes sociais e o caso de maus-tratos ganhou repercussão nacional.

Na capital federal a concentração aconteceu em frente à unidade no Setor de Áreas Isoladas, ao lado do ParkShopping. O ato pacífico intitulado Justiça ao Anjinho do Carrefour teve início às 15h e reuniu cerca de 150 pessoas.

Luana Araújo/Divulgação
Manifestantes criticam postura da rede de supermercados

Vestidos de branco, com balões e cartazes nas mãos, os manifestantes ficaram na área externa do supermercado abordando os clientes da loja. Entre as palavras de ordem estavam apelos que iam desde pedidos por mais respeito aos pets até às críticas em relação a maneira “branda” como a lei trata os acusados desse tipo de violência.

Além de fazer pressão para que o crime em Osasco não fique impune, a servidora pública Luana Araújo, 37 anos, vê no protesto uma oportunidade de evitar “atrocidades” parecidas. “A sociedade não pode se calar. Não me preocupa o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”, afirma a manifestante citando a célebre frase de Martin Luther King.

 

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De acordo com Luana, este é o momento do hipermercado abraçar a causa da proteção animal. “Eu não estou atribuindo a culpa ao Carrefour, mas eles deveriam dar o exemplo. Eles precisam apresentar medidas para tentar coibir situações semelhantes no futuro”, disse.

O que deixa a gente indignado é a falta de um sistema eficaz de proteção ao animal. As punições para esses crimes são muito brandas. Na maioria das vezes as penas podem ser convertidas em pagamento de cestas básicas ou serviços sociais

Luana Araújo

Em nota enviada ao Metrópoles, o Carrefour informa que segue colaborando com as autoridades para elucidar o caso o mais rápido possível. “Reforçamos que estamos tristes com a morte do animal e não vamos nos eximir de nossa responsabilidade”, diz o texto. A empresa confirmou, também, a reunião com diversas ONGs e entidades ligadas à proteção animal. Os executivos querem ouvir solicitações e recomendações para a construção de iniciativas em prol da causa.

Entre as medidas anunciadas pela rede estão a criação do Carrefour Pet Day, a ser realizado anualmente no dia 28 de novembro, data da morte da cachorrinha, quando apoiará com recursos entidades de acolhimento e defesa animal. Além, claro, da revisão dos procedimentos internos para lidar com animais abandonados no entorno das lojas, revisão dos treinamentos de colaboradores, parceiros e prestadores de serviço, ampliação das feiras de adoção de animais em todo o país e o reaparelhamento do Centro de Controle de Zoonoses de Osasco (SP).

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