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Aplicativos de transporte ganham frente parlamentar e apoio na UnB

Oito distritais assinaram o documento em apoio à Frente Parlamentar em Defesa da Utilização de Aplicativos para o Transporte Individual de Passageiros. Em 21 de junho eles vão à plenário para votar a regulamentação do Uber no DF

atualizado

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Manoela Alcântara/Metrópoles
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1 de 1 UnB - Foto: Manoela Alcântara/Metrópoles

A uma semana de o projeto que regulamenta o Uber no DF ir à plenário na Câmara Legislativa, oito deputados lançaram, nesta terça-feira (14/6), a Frente Parlamentar em Defesa da Utilização de Aplicativos para o Transporte Individual de Passageiros. O evento, na Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (UNB), se transformou em uma oportunidade de debater o tema com os acadêmicos, que apoiam a regulamentação.

O reitor da UnB, Ivan Camargo, afirmou que é importante levar a discussão para a universidade. “Precisamos melhorar a mobilidade urbana no DF. Temos pesquisas na área e desenvolvimento de novas tecnologias”, afirmou.

Nas últimas semanas, o Projeto de Lei 777/2015 ganhou aliados importantes no Legislativo local, como a presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Sandra Faraj (Solidariedade). Além dela, assinaram a criação da Frente Parlamentar, o relator da proposta, deputado Professor Israel Batista (PV); a presidente da Casa, Celina Leão (PPS); Cláudio Abrantes (Rede); Luzia de Paula (PSB); Roosevelt Vilela (PSB); Chico Leite (Rede) e Reginaldo Veras (PDT). Juntos, eles representam um terço dos 24 deputados.

O grupo pode ter o reforço do deputado Juarezão (PSB), que também sinalizou apoio. O projeto, de origem do Executivo, chegou à Câmara em novembro de 2015 em regime de urgência e será levado à plenário em 21 de junho.

Não acho que há uma demora. O projeto precisava ser amplamente debatido. É uma matéria polêmica e havia necessidade de ouvir todos os lados. Fizemos audiências públicas, ouvimos opiniões a favor e contra. Agora, definimos uma data porque a matéria não deve se arrastar pela falta de consenso.

Celina Leão, presidente da Câmara

Pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) apontou que hoje o Distrito Federal tem 1,7 milhão de veículos nas ruas. A taxa de ocupação é de 1,2 pessoa por unidade. Se essa quantidade aumentasse para dois, seria possível reduzir em meio milhão a quantidade de carros nas vias e melhorar a mobilidade. Os aplicativos de transporte individual de passageiros seriam opções para essa mudança.

Inovação
Enquanto se debate a regulamentação do Uber na Câmara, os estudantes da UnB, pensaram em um novo método de melhorar a mobilidade urbana sustentável. Criaram o Carona Phone. O aplicativo é uma maneira de conectar motoristas e passageiros para trocarem caronas de maneira segura. Em dois meses, disponível somente para Android, o aplicativo teve sete mil downloads, duas mil caronas oferecidas.

O idealizador do programa, Márcio Batista, afirma que os condutores da carona solidária não podem obter lucro, mas ele espera uma regulamentação para que os passageiros possam dividir as despesas. “Em São Paulo, o tema já é debatido. É uma maneira das pessoas deixarem os carros em casa, de andarem juntas, interagirem”, afirmou. Na capital paulista, o Decreto 56.981 regulariza o serviço de carona solidária e de compartilhamento de veículos.

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