metropoles.com

Apenas 11 dos 282 infectados com Monkeypox são mulheres. Saiba por quê

Desse total, 271 dos pacientes são homens e 11, mulheres. A maioria está na faixa etária de 20 a 39 anos

atualizado

Compartilhar notícia

Vinícius Schmidt/Metrópoles
banco de imagem ampola e seringa teste variola macaco monkeypox saude doença
1 de 1 banco de imagem ampola e seringa teste variola macaco monkeypox saude doença - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) registrou, nessa terça-feira (11/10), dois novos casos de infecção por varíola dos macacos. Segundo a pasta, com a atualização, a capital federal chega a 282 pessoas confirmadas com a doença.

Desse total, 271 dos pacientes são homens e apenas 11, mulheres. Os exames laboratoriais descartaram outros 643 casos em investigação. A maioria está na faixa etária de 20 a 39 anos.

Há ainda 215 casos suspeitos sendo investigados. Para a confirmação ou descarte da infecção, é necessário aguardar o resultado de exames laboratoriais.

De acordo com a infectologista Ana Helena Germoglio, algumas pesquisas sobre a doença mostram uma prevalência maior de contágio entre homens que mantém relações sexuais com pessoas do sexo masculino. Entretanto, não há comprovação de que a infecção é sexualmente transmissível.

“A transmissão pode ocorrer por meio de um contato prolongado com as lesões ocasionadas pela varíola. Nas relações sexuais, a gente entende que esse contato pele com pele é maior, por conta da fricção. A transmissão também depende do comportamento sexual da pessoa, quantidade de parceiros e uso de preservativo ou não”, explica.

O médico infectologista Julival Ribeiro ressalta que a infecção pode atingir tanto homens, quanto mulheres e até crianças. Porém, o que se percebe é uma exposição maior de homens que fazem sexo com homens.

“O principal meio de contágio é o contato direto com as lesões que os infectados desenvolvem. No contato íntimo, a probabilidade de contaminação é maior. Contudo, a transmissão também pode ocorrer por meio de objetos contaminados como talheres, roupas de cama e toalhas, nos quais a pessoa com varíola tenha manipulado”, acrescenta.

A fim de suprimir dúvidas quanto à transmissão da Monkeypox, o Metrópoles explica quatro mitos sobre o assunto:

Mito 1: “Apenas homens gays e bissexuais correm risco de pegar a doença”

Qualquer pessoa que viva ou tenha contato próximo com um paciente com feridas, ou bolhas provocadas pelo vírus monkeypox corre risco de se infectar. Isso inclui parentes, parceiros afetivos e sexuais, bem como profissionais da saúde, independentemente do gênero ou da orientação sexual.

O presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez, explica que o início da transmissão da doença coincidiu com grandes eventos do calendário do orgulho gay e que o vírus encontra nas aglomerações o ambiente perfeito para se disseminar.

“Esse grupo de pessoas, por uma circunstância, estava em maior risco. Poderia ter sido no Carnaval. Muitos fatores fizeram com que o vírus encontrasse uma forma mais eficiente de transmissão. Isso não quer dizer que tenha relação com a orientação sexual”, afirma.

Mito 2: “O vírus não é transmitido pelo ar; logo, não preciso fazer isolamento”

O isolamento faz parte das medidas para conter o surto. O paciente deve permanecer em quarentena por cerca de 21 dias três ou até que todas as lesões estejam completamente cicatrizadas e sem casquinhas, segundo José David Urbaez.

O contágio ocorre, principalmente, quando há contato próximo — que acontece pelo beijo, abraço, pela relação sexual oral ou com penetração — com fluidos das feridas ou bolhas de um paciente infectado. Outras vias de transmissão são por meio do compartilhamento de objetos e por superfícies contaminadas.

Mito 4: “A varíola dos macacos tem alto risco de morte”

Embora a doença possa causar quadros graves — com dor intensa causada pelas lesões na pele, acometimento da mucosa retal e cicatrizes permanentes por todo o corpo —, a taxa de mortalidade pela infecção do vírus monkeypox está abaixo de 1%.

“Felizmente, a doença tem letalidade muito baixa. Em alguns países da África, a letalidade é mais alta pela falta de acesso ao diagnóstico e ao tratamento, situação completamente diferente da nossa realidade”, pondera José David Urbaez.

Pessoas com o sistema imunológico comprometido, recém-nascidos e crianças muito novas correm risco de desenvolver quadros mais graves quando infectadas. No entanto, na maioria dos casos, os sintomas evoluem e desaparecem por conta própria em algumas semanas.

“No passado, entre 1% e 10% das pessoas com varíola dos macacos morreram. É importante notar que as taxas de mortalidade em diferentes contextos podem diferir devido a uma série de fatores, como o acesso aos cuidados de saúde”, comunicou a OMS.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?