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Monkeypox: saiba sobre a evolução da doença e o período de isolamento

Infectologista esclarece dúvidas sobre infecção que já registra mais de 46 mil casos no mundo. Isolamento garante que o vírus não se espalhe

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Goiás tem primeiro caso suspeito de varíola dos macacos, diz Ministério da Saúde
1 de 1 Goiás tem primeiro caso suspeito de varíola dos macacos, diz Ministério da Saúde - Foto: Reprodução

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou, na quinta-feira (25/8), que a América Latina é o novo epicentro da varíola dos macacos no mundo. Na ocasião, o dirigente da agência internacional, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou a importância de medidas de saúde básicas para conter a doença, entre elas a divulgação de informações.

A varíola dos macacos (ou monkeypox) é uma infecção viral cujo principal sintoma consiste no aparecimento de bolhas no corpo. Inicialmente, as pústulas podem ser confundidas com espinhas, picadas de insetos ou herpes. As feridas evoluem ao longo de três semanas e tendem a surgir entre cinco e 21 dias após o contágio.

Nos primeiros dias de infecção, os sintomas podem ser semelhantes aos de uma gripe. O médico infectologista Victor Bertollo, do Hospital Anchieta, sugere que, em caso de ter passado por uma oportunidade de transmissão, o indivíduo inicie o isolamento imediatamente.

“Se a pessoa tem sintomas sugestivos, mas ainda não possui o diagnóstico, deve se isolar. Mesmo que o resultado do teste PCR seja negativo, recomendo o isolamento e a repetição do exame alguns dias depois”, afirma o médico.

Evolução da doença

A monkeypox começa com sintomas similares aos de outras infecções virais. Os mais frequentes são febre, fadiga, dores musculares e na garganta.

Em seguida, as feridas começam a surgir no rosto, nas mãos e nos genitais. Elas geralmente coçam e, em alguns casos, podem ser bastante doloridas. Passam de achatadas para protuberantes e apresentam um líquido esbranquiçado, parecido com pus.

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Conforme os dias passam, as bolhas ganham uma consistência mais dura e o líquido se torna amarelo, dando início à chamada fase pustular. O período demora entre cinco e sete dias. Após isso, as pústulas secam e começam a ter crostas, a fase é o último estágio da doença e costuma ocorrer três semanas após o início dos sintomas.

“O tempo de isolamento varia de pessoa para pessoa, mas deve ser cumprido até que as feridas cicatrizarem”, explica o infectologista. “As bolhas viram úlceras, que viram crostas, e essas crostas vão cicatrizar. Quando as feridas não estiverem mais abertas, o paciente pode sair do isolamento”.

Não é necessário fazer um novo teste após o fechamento das feridas. Depois da cicatrização completa, o paciente pode retornar às atividades regulares sem se preocupar com a contaminação de outras pessoas.

Transmissão

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é transmitida principalmente pelo contato com fluidos corporais, lesões na pele ou em superfícies internas de mucosas, como boca ou garganta. Contágios via gotículas respiratórias e objetos contaminados podem ocorrer mas são mais raros.

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