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Acusado de liderar desvio bilionário no DFTrans volta a atuar no GDF

Pedro Jorge Brasil foi preso em duas oportunidades: nas operações Check List e Trickster. Atualmente, ele trabalha em função administrativa

atualizado

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RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
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1 de 1 pedro-jorge - Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Preso nas operações Check List e Trickster, o auditor Pedro Jorge Brasil continua nos quadros efetivos do Governo do Distrito Federal (GDF). Enquanto responde a Processo Administrativo Disciplinar (PAD), ele atua, desde setembro de 2018, em serviço administrativo interno da Secretaria de Transporte e Mobilidade.

No âmbito da Operação Trickster, deflagrada em março de 2018, o servidor foi levado à cadeia por suspeita de integrar esquema de fraudes e desvios de recursos do Sistema de Bilhetagem Automática (SBA) do Transporte Urbano do DF (DFTrans). As irregularidades podem ter causado prejuízo superior a R$ 1 bilhão aos cofres públicos, segundo estimam os investigadores.

De acordo com as apurações do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e da Polícia Civil (PCDF), Pedro Jorge (foto em destaque), lotado à época na Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle, seria o líder do esquema. Utilizava-se do cargo para vincular falsos funcionários ao recebimento de vale-transporte.

Outros servidores do DFTrans o ajudariam a alimentar o sistema com as informações. A diligência aponta que o desvio com a senha usada pelo auditor seria de até R$ 3,5 milhões.

Antes, Pedro Jorge esteve na mira da Operação Checklist, deflagrada em outubro de 2017. Ele é acusado de receber, em apenas um ano, R$ 100 mil de propina para fazer vista grossa e liberar ônibus sem fiscalização, segundo as investigações. De acordo com a Polícia Civil, quem estava regular também pagava para os auditores aumentarem o controle contra os concorrentes irregulares.

Processo
A Secretaria de Transporte e Mobilidade informou que Pedro Jorge voltou ao trabalho em setembro de 2018, após ter sido preso pela segunda vez.

A pasta frisou que o PAD foi instaurado e é conduzido pela Controladoria-Geral do DF (CGDF), por meio de uma comissão mista formada por servidores do órgão e da própria secretaria a qual o funcionário público pertence.

O processo está em fase de instrução, que é a segunda etapa. Com base no artigo 235 da Lei nº 840/2011, a apuração administrativa deve passar também por defesa e relatório até, finalmente, chegar ao julgamento.

Caso as irregularidades sejam constatadas, o servidor pode sofrer sanções em diversos níveis – que variam, por exemplo, entre advertência e demissão.

O outro lado
A defesa de Pedro Jorge afirmou que seu cliente foi envolvido nas denúncias “por pura perseguição política e represálias à sua atuação”.

Em nota, disse ter certeza de que a inocência do seu cliente será demonstrada tanto na Justiça quanto na Controladoria-Geral do GDF.

Por fim, destacou que o servidor sempre colaborou com todas as investigações realizadas.

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