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8 de janeiro: veja quais ações da PM são investigadas na Corregedoria

São 6 inquéritos abertos para investigar condutas indevidas no dia dos ataques à democracia, como PMs tirando foto com criminosos

atualizado

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Luís Nova/Especial Metrópoles
manistestantes bolsonaristas terroristas invadem o Congresso Nacional e destroem o patrimonio 25
1 de 1 manistestantes bolsonaristas terroristas invadem o Congresso Nacional e destroem o patrimonio 25 - Foto: Luís Nova/Especial Metrópoles

O relatório elaborado pelo interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, detalha quais ações e omissões de policiais militares no 8 de janeiro estão sendo investigadas pela Corregedoria. São seis inquéritos abertos para apurar possíveis responsabilidades de PMs nas invasões e depredação promovidas por bolsonaristas na Praça dos Três Poderes.

O documento, apresentado nesta sexta-feira (27/1), detalha falhas operacionais no 8 de janeiro e traz diversos apontamentos sobre o dia em que houve tentativa de golpe de Estado. O texto aponta quatro inquéritos policiais militares instaurados na primeira semana da intervenção federal e dois instaurados depois.

Os primeiros apuram: conduta dos policiais militares do BPChoque em não impedir a entrada dos manifestantes no Congresso Nacional; conduta dos PMs que estavam conversando e tirando fotos no momento da invasão; suposto envolvimento do ex-comandante da PMDF e outros comandantes operacionais da corporação; e suposto envolvimento de PMs na arrecadação de dinheiro e segurança privada no acampamento em frente ao QG do Exército.

Os outros dois investigam um policial que deu uma rasteira em um manifestante dentro do Palácio do Planalto e PMs que teriam facilitado o acesso de bolsonaristas ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).

O relatório ainda pontua que policiais da PMDF foram vistos formando uma linha defensiva na altura da Alameda das Bandeiras durante os ataques e receberam ordem para “empurrar os manifestantes para fora da Esplanada”. Essa ação, porém, foi cumprida com “muita dificuldade” e “ passou a avançar lentamente, dando tempo necessário para que parte dos vândalos deixasse o ambiente e outros voltassem para o acampamento dentro do Setor Militar Urbano”.

Também chama atenção no relatório a informação de que o interventor determinou prisões no acampamento em frente ao QG, o que não aconteceu por conta de uma “intervenção do General Dutra, comandante militar do Planalto, que ponderou para que a ação acontecesse somente no dia seguinte pela manhã”.

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