Tebet: “Ministério da Saúde perdeu papel de articulador com Bolsonaro”
Pré-candidata à Presidência pelo MDB criticou o atual governo e apresentou propostas para oito questões cruciais da saúde pública no Brasil
atualizado
Para a pré-candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB), o Ministério da Saúde perdeu funções importantes que estavam consolidadas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). “Resgatar o papel do órgão na coordenação do sistema da saúde é fundamental. (…) A pasta precisa rever seu papel de grande articuladora”, afirmou a senadora ao projeto Desatando nós, realizado pelo Metrópoles com apoio da Pfizer.
A iniciativa reuniu os candidatos melhores colocados na pesquisa Datafolha de maio de 2022, além do atual ministro da saúde, para discutir soluções para os problemas na saúde brasileira que deverão ser encarados pelo próximo governo eleito em outubro.
A emedebista também pontuou que a falta de exemplo do presidente Bolsonaro em se recusar a tomar a vacina contra a Covid-19 gerou problemas para a imunização contra outras doenças como poliomielite e sarampo.
“A resposta para fake news, a resposta à desinformação, que é espalhada pelos movimentos antivacina, se faz com campanhas e com exemplos dados pelo presidente da República”, explicou a pré-candidata. Para ela, os atrasos no atendimento de pacientes de outras doenças também é de responsabilidade de Bolsonaro.
“É importante dizer que isso é culpa de um governo que não acreditou na pandemia e, com isso, fez com que o Brasil ficasse quase dois anos apenas cuidando dela”, seguiu. “Saúde pública se faz com responsabilidade. Com dinheiro, é verdade, mas, acima de tudo, com vontade política”, conclui a senadora.
Desatando nós
Após ouvir especialistas da área da saúde que ajudaram a detectar os principais gargalos da área no país, o Metrópoles convidou os cinco pré-candidatos que aparecem nas primeiras colocações da pesquisa Datafolha (maio/2022) para responder a oito questionamentos.
Entre os temas abordados, estão: Covid-19, ampliação da cobertura vacinal, retomada de diagnósticos de enfermidades, como o câncer, tratamento de doenças raras, acesso ao SUS, limitações no orçamento, aumento da participação de sociedades médicas e de pacientes em tomadas de decisões, além de outros assuntos prioritários.
O atual ministro da saúde de Jair Bolsonaro (PL), Marcelo Queiroga, falou sobre os problemas mapeados no setor para os próximos anos. O pré-candidato Lula (PT) foi representado pelo ex-ministro da pasta Alexandre Padilha (2011 e 2014). Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Vera Lúcia (PSTU) – convidada após a recusa do deputado federal André Janones (Avante) – trouxeram propostas que visam corrigir problemas históricos da área.
Os participantes tiveram dois minutos para responder a cada pergunta, em vídeo. Nenhuma resposta passou por edição.
Simone Tebet (MDB)
Assista, a seguir, às respostas da senadora ao projeto Desatando nós: