metropoles.com

Delação à PF: Cid é personagem de 4 investigações envolvendo Bolsonaro

Em busca da delação, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid é personagem central de quatro investigações envolvendo o ex-presidente Bolsonaro

atualizado

Compartilhar notícia

Vinícius Schmidt/Metrópoles
Delação PF Tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro
1 de 1 Delação PF Tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em busca da delação premiada, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid é personagem de quatro investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Mauro Cid é envolvido no caso da venda de joias, na fraude em cartões de vacinação e na suposta articulação para viabilizar um golpe de Estado. O tenente-coronel foi ouvido, ainda, no âmbito da investigação que apura a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

0

O interesse da Polícia Federal em selar o acordo de delação premiada é lastreado na expectativa de que o depoimento de Cid possa ser aproveitado judicialmente em diferentes investigações que envolveriam uma suposta organização criminosa chefiada por Bolsonaro.

Como informou a GloboNews, a PF aceitou a delação premiada de Cid. Entretanto, para que ela seja validada, é necessária a manifestação da Procuradoria-Geral da República sobre os termos do acordo e a homologação pelo Supremo Tribunal Federal.

Ainda não se sabe o que Cid contou à PF na semana passada. Mas se sabe que ele falou. E não foi pouco. A oitiva do tenente-coronel, no dia 28, durou mais de 10 horas.

Foro privilegiado

Acuado, Jair Bolsonaro acredita que só conseguirá escapar da condenação criminal se o caso deixar o STF e migrar para a Justiça comum. A mudança permitiria, na visão do ex-presidente, fugir da “perseguição” que lhe seria imposta pelo ministro Alexandre de Moraes.

No campo jurídico, a medida conta com o apoio da Procuradoria-Geral da República. A alegação é que, ao deixar a Presidência, Bolsonaro perdeu a prerrogativa de foro e, portanto, deve ser julgado pela primeira instância. Foi com base na posição da PGR que ele e Michelle optaram pelo silêncio em depoimento à Polícia Federal.

Ocorre que esse cenário perfeito para Bolsonaro, ao menos por ora, está bem mais para sonho do que para realidade. Moraes já definiu como reagirá quando o foro de competência for debatido pelos onze ministros da Corte. E é aí que reside uma péssima notícia para o ex-presidente.

Ao sustentar que Bolsonaro deve ser julgado pelo STF, Alexandre dirá que há um ponto em comum envolvendo os atos antidemocráticos, a fraude em cartões de vacinação e a venda das joias: todos os crimes teriam sido cometidos por uma mesma organização criminosa.

E, dentro dessa organização criminosa, há deputados e senadores. Daí a competência do Supremo para julgá-los todos, inclusive os não detentores de foro privilegiado.

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comPaulo Cappelli

Você quer ficar por dentro da coluna Paulo Cappelli e receber notificações em tempo real?