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Além do roubo, Pega Pega aborda rapto de criança

Na próxima novela das 7, Sabine, personagem de Irene Ravache, rouba Dom, papel de David Junior: “Ela faz isso porque é desequilibrada”

atualizado

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João Miguel Junior/Rede Globo/divulgação
Dom (David Junior) e Sabine (Irene Ravache) em Pega Pega
1 de 1 Dom (David Junior) e Sabine (Irene Ravache) em Pega Pega - Foto: João Miguel Junior/Rede Globo/divulgação

Além do roubo dos dólares de Pedrinho (Marcos Caruso), Pega Pega também aborda o roubo de uma criança. Ao falar sobre sua personagem, Sabine, Irene Ravache lembra todas as fraquezas que a envolveram em sua principal trama: sua relação com o filho Dom (David Junior). “Ela sequestra uma criança e acaba com a felicidade de uma família. Tem o discurso de que faz isso por amor, mas não. Ela faz isso porque é desequilibrada. O que não impede ela de amar esse filho”, diz Irene.

Para David Júnior, amor de mãe é algo que não se explica. “Querendo ou não, Dom foi criado por essa mulher, recebendo amor dela. Não tinha noção do que ela tinha feito. Para ele, aquilo era real. Por outro lado, quando ele encontra sua família, é o laço de sangue. Tem toda uma ancestralidade, uma referência. Ele cresceu na Suíça. Imagina um homem negro crescendo num país majoritariamente branco. Encontrar uma família parecida com ele, se reconhecer na mãe, no pai, isso traz um laço muito forte. Um amor que transcende muita coisa. Essas relações trazem tudo o que o ator entrega, o que a Claudinha Souto escreveu lindamente. Acho que essa humanização tem muito da escrita, da direção e do que conseguimos entregar como pessoa. Muito do que a gente consegue dar, da empatia que a gente consegue entregar nessa história”, compartilha.

Virgínia Rosa, que interpreta Madalena, mãe biológica de Dom, que teve seu filho roubado por Sabine, também destaca a humanização dos personagens. “Embora tenha o certo e o errado, a luz e a sombra, a todo momento descobrimos o personagem e criamos uma afinidade com ele porque ele mostra o que somos. Na tela ou fora dela. Eu acho que foi um caminho construído através do texto da Claudia (Souto, autora), da direção do Luiz (Henrique Rios, diretor) e acho que nós fizemos bem de nos submeter a cada personagem que nos foi direcionado. De achar essa particularidade. No meu caso, a Madalena, essa mãe que tinha muita raiva do marido, o Cristovão (Milton Gonçalves). Mas ao mesmo tempo ela era a bondade em pessoa. Se formos julgar a Madalena, ela tinha esse rancor que não abria mão. Quando o filho aparece, é dobrada pelo amor. É algo que acontece com todo ser humano, por mais que a gente julgue. Todo mundo tem uma semente de bondade dentro de si, eu acredito nisso. Hoje em dia, nas novelas, quem escreve tem uma preocupação em humanizar. Quando você humaniza, cria essa afinidade com o público. Não fica mais aquela história de que é má ou boa. Não somos assim”, diz Virginia.

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