O médico perito Nelson Bruni Cabral foi o responsável por fazer o parecer médico da cantora Paulinha Abelha. O doutor analisou que “as lesões renais apresentadas pela paciente não possuem relação com uso de medicamentos” que Paulinha tomava. Segundo o documento, a causa da morte foi um “processo infeccioso no Sistema Nervoso Central”. Leia todo o parecer médico ao fim da matéria.
Ainda segundo a análise, a morte da cantora não foi ocasionada por medicamentos prescritos pelos médicos que a atenderam nos hospitais onde esteve internada, reforçando que não houve erro médico.

A cantora Paulinha Abelha, vocalista do Calcinha Preta, morreu no dia 23 de fevereiro, aos 43 anos de idade. Ela estava internada na UTI de um hospital particular em Aracaju, Sergipe, com problemas renais Reprodução/Instagram

Natural de Sergipe, Paulinha iniciou a carreira com 12 anos de idade, cantando em trios elétricos. A trajetória em bandas começou com a Flor de Mel e passou por Panela de Barro e GDO do ForróReprodução/Instagram

Também fez parte das duplas Paulinha & Marlus e Silvânia & Paulinha, bem como do trio Gigantes do BrasilReprodução/Instagram

No entanto, foi nas passagens pelo Calcinha Preta que a mulher conquistou maior notoriedadeReprodução/Instagram

Na primeira das passagens, que durou 12 anos, gravou 22 álbuns e três DVDs. Depois de idas e vindas, retornou de forma permanente para a banda em 2018. Sucessos do forró como Louca Por Ti, Vou Te Dominar, 24 horas de Amor, e Tutti-Frutti foram gravados pela artistaReprodução/Instagram

No início de fevereiro de 2022, a cantora precisou ser internada após sofrer enjoos e tontura. A artista foi para a UTI e, devido a complicações causadas por uma bactéria no cérebro, encontrava-se em comaReprodução/Instagram

Reprodução/Instagram

Em 23 de fevereiro, a cantora não resistiu e faleceu devido a um quadro de comprometimento multissistêmico. Casada desde 2020, Paulinha deixa o marido Clevinho SantosReprodução/Instagram

Amigos e artistas lamentaram a morte da cantora nas redes sociais e prestaram solidariedade à família da moçaReprodução/Instagram

O corpo da cantora foi velado em Aracaju, um dia após a morte dela. No Instagram, a equipe de Paula publicou texto e vídeo homenageando a artista. “‘Paulinha, me diz o que eu faço…’ Você se foi cedo demais e agora deve estar contagiando o céu com a sua alegria, assim como fez por todos os lugares onde passou. Você transformou a vida de milhares de pessoas, de várias gerações. Uma mulher que levou liberdade e empoderamento através da música. Seu lugar no palco e nos nossos corações será eterno”, escreveramReprodução/Instagram
Leia o parecer médico
“INTERESSADO: CLEVERTON VENÂNCIO DA CONCEIÇÃO SANTOS
REFERÊNCIA: REQUERIMENTO DE PARECER MÉDICO
ASSUNTO: ELABORAÇÃO DE PARECER MÉDICO
PACIENTE: PAULA DE MENEZES NASCIMENTO LECA VIANA
O presente parecer médico teve como objetivo apurar qual a patologia que motivou a internação e culminou com o evento morte da paciente Paula de Menezes Nascimento Leca Viana.
De acordo com a documentação analisada, as lesões renais apresentadas pela paciente não possuem relação com uso de medicamentos.
Baseado nos documentos médicos analisados, a lesão hepática não possui nexo causal com os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera).
Exames realizados (Liquor) evidenciam uma infecção em Sistema Nervoso Central, com a celularidade demonstrando a hipótese diagnóstica de uma Meningite.
Não foi evidenciado a presença de conduta médica inadequada durante sua internação Hospitalar (Hospitais UNIMED ou Primavera). O tratamento instituído pelos citados Hospitais seguiu o protocolo específico e bibliografia médica atual, porém, houve uma rápida evolução para o óbito.
Os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera), não causaram lesões e/ou intoxicação na paciente, ou seja, não existe nexo causal entre os medicamentos prescritos e o evento óbito.
Não há elementos para concluir que uma intoxicação alimentar desencadeou a patologia da paciente, porém, intoxicações alimentares podem causar lesões renal, hepática e cerebral, culminando em alguns casos com o óbito do paciente dependendo da gravidade da doença e a virulência do agente patológico.
Não há elementos para estabelecer se a procura antecipada por atendimento médico neste caso poderia conter a evolução da doença. Contudo a procura rápida por atendimento médico é na maioria dos casos o ideal para obter sucesso em um tratamento médico, porém, a evolução da patologia apresentada pela paciente foi rápida e incontrolável evoluindo ao óbito.
O óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa.
São Paulo/SP, 31 de março de 2022.”
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